Discurso de João Miguel Tavares? "Peripécias dum papagaio emplumado"

Alfredo Barroso classificou João Miguel Tavares como "um jornalista meão e entertainer medíocre".

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© Facebook / Alfredo Barroso

Notícias Ao Minuto
12/06/2019 08:31 ‧ 12/06/2019 por Notícias Ao Minuto

Política

Alfredo Barroso

João Miguel Tavares, presidente das Comemorações do Dia de Portugal em 2019, protagonizou um discurso na cerimónia do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, em Portalegre, que Marcelo Rebelo de Sousa classificou de "irreverente" e que teve eco nas redes sociais. Alfredo Barroso recorreu à sua página oficial de Facebook para reagir às palavras do jornalista, numa publicação que intitulou de "peripécias dum papagaio emplumado e chato em Portalegre".

Defende o ex-Secretário de Estado que "tem muita graça que Marcelo PR [Presidente da República] tenha escolhido como seu papagaio no '10 de Junho' um jornalista meão e entertainer medíocre chamado João Miguel Tavares".

"A fama deste", justifica, "começou quando se atirou com unhas e dentes contra o então PM [primeiro-ministro] José Sócrates e este cometeu o erro de o pôr em tribunal, onde JM [João Miguel] Tavares foi julgado, absolvido e laureado pela nossa Imprensa provinciana como se fosse um 'herói' da resistência ao fascismo".

Atira ainda o ex-deputado que "o garoto 'amarinhou' pelas paredes, eructando glória e peneiras por todos os orifícios do seu corpo, e aceitou de bom grado ser amestrado como o 'direitinha' de serviço nos jornais e televisões, tal como, 'in illo tempore', a pasta medicinal 'Couto' adestrou um 'pretinho' com maravilhosos dentes a prender uma cadeira e a andar à roda com ela sem a largar".

Ora, no que chama de "encenação perfeitamente patética do '10 de Junho'", Alfredo Barroso achou que "a criatura presidencial especializada em afectos e 'selfies' e o seu heróico papagaio só podiam lá ter ido parar empurrados pelo «vento soão/que enche o sono de pavores/faz febre, esfarela os ossos/dói nos peitos sufocados/ e atira aos desesperados/a corda com que se enforcam/na trave de algum desvão /...» - como descreve José Régio na sua admirável 'Toada de Portalegre'".

Defende também o socialista que "o mais curioso, porém, é que JM Tavares, que vive há muito 'embebido' ('embebed') na promiscuidade entre jornalistas e políticos - que já vem de muito longe, como denunciou Balzac, em 1843, na sua divertida e cruel 'Monographie de la Presse parisienne' - resolveu dar um salto cá para fora, a convite de Marcelo PR [Presidente da República], que também se julga de fora e, vai daí, incita com arrogância 'os políticos' (ele não é!) assim: "Dêem-nos alguma coisa em que acreditar".

Para aquele que foi um dos fundadores do Partido Socialista, "é de pasmar a 'lata' com que este criançola se atreve a papaguear a ofensa. Porque é mesmo de uma ofensa que se trata. Ele põe-se num pedestal, ou melhor, numa gaiola dourada, e diz às bestas dos políticos que o ensinem a acreditar e, já agora, a papaguear, até porque os papagaios não pensam, só imitam se forem ensinados".

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