CDS caiu porque a oposição "desgasta", mas Cristas assume a "culpa"
A líder do CDS-PP esteve, esta segunda-feira, no ‘Jornal das 8’ da TVI. Durante a entrevista abordou a questão dos professores, aquele que será o resultado positivo para o partido nas eleições de outubro e ainda a sua "sobrevivência política".
© Blas Manuel
Política Assunção Cristas
As sondagens colocam o CDS-PP e o PAN muito próximos, mas isso não é algo que preocupe Assunção Cristas porque, disse, os centristas estão “habituados a lidar com sondagens desfavoráveis”, pois “foi sempre assim”.
Analisando os resultados das eleições europeias à luz daqueles que tinham sido obtidos em Lisboa aquando das autárquicas, a líder do CDS justificou a ‘queda’ com a oposição que tem vindo a fazer desde 2015.
“A oposição desgasta, é difícil e eu estive quatro anos no Parlamento a fazer debates quinzenais, a apresentar duas moções de censura e a apresentar, em todos os momentos, propostas alternativas”, afirmou, dizendo entender que as “pessoas percecionem mais a parte da oposição e menos a das propostas porque, sendo rejeitadas, as pessoas não sentem qual é a diferença do trabalho construtivo do CDS na sua vida concreta”.
Ainda assim, Assunção Cristas assegura que não está preocupada com a sua “sobrevivência política” e que o seu objetivo – e de todos os centristas – é o de “crescer, porque o país não está bem com uma opção de Esquerda”.
“É importante criar condições para haver uma governação alternativa no centro-direita e o que disse sempre é que queremos contribuir o mais possível para 116 deputados, que é a maioria necessária para se conseguir governar".
Caso dos professores: “Assumo a culpa”
Assunção Cristas admitiu que a polémica em torno da recuperação dos 9 anos, 4 meses e 2 dias da carreira dos professores foi mal gerida pelo partido e assumiu total responsabilidade pelo que se passou.
A líder do CDS garantiu que o que foi dito aos docentes “desde o princípio foi que queríamos ter um avaliação dos professores, uma revisão da carreira docente, uma revisão das regras de aposentação e que até estaríamos disponíveis a considerar o tempo com tudo isto a ser negociado”.
O que “também” foi dito, acrescentou, foi que para o partido era “pré-condição ter crescimento económico e sustentabilidade das contas públicas”, pois só assim poderiam ser devolvidos os anos de trabalho congelados contestados pelos docentes.
Mas o que aconteceu, admitiu, é que houve uma “incapacidade de explicar” esta questão. “Traduziu-se num erro, fomos completamente incapazes e eu assumo essa culpa”, atirou.
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