"Vejo essa posição como uma falta de coerência, e nós não podemos defender uma coisa à segunda-feira e depois defender outra à terça ou à quarta", disse o candidato à agência Lusa, notando que "isso é sinalizador também de um grande divórcio entre os eleitos e os eleitores".
Miguel Pinto Luz comentava a decisão de Rui Rio ter indicado para o CSMP o advogado Rui Silva Leal, marido da deputada e porta-voz do PSD para a área da Justiça, Mónica Quintela.
"Nós não podemos atacar o Governo do Partido Socialista à segunda-feira, porque faz nomeações pouco claras de vários elementos e vários familiares, e depois à quarta-feira nomearmos alguém com todo o valor, não é nada disso que está em causa, nomearmos alguém que tem uma relação familiar muito próxima com um membro da Comissão Política Permanente do PSD", assinalou.
Questionado sobre se partilha da posição do seu opositor, Luís Montenegro, que considerou que "não faz sentido que uma direção" que "está de saída, escolher pessoas [para aqueles órgãos] quando tem mais um mês de trabalho político", Miguel Pinto Luz salientou que "isso não tem qualquer comentário".
"O presidente do partido está a exercer o seu mandato, e exercerá até ao fim, até ser nomeado um novo presidente do partido", advogou.
Além do vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, são candidatos à liderança do PSD o atual presidente Rui Rio e o antigo líder da bancada parlamentar do partido Luís Montenegro.
As eleições diretas para escolher o próximo presidente social-democrata realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.