Martim Moniz? "Chega não precisa ganhar eleições. Está cá a AD"

"É óbvio que a AD já disse ao Chega não precisa de ganhar eleições para executar a sua agenda porque está cá a AD para o fazer. O pior é que está a criar um clima artificial e falso, que é desmentido pelos números".

Notícia

© Francisco Rodrigues dos Santos

Notícias ao Minuto
22/12/2024 11:50 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Política

Francisco Rodrigues dos Santos

A operação policial que aconteceu na semana passada no Martim Moniz, em Lisboa, continua a ser tema de conversa, depois de imagens de pessoas, maioritariamente imigrantes, mostrarem que foram encostadas à parede e revistadas.

 

Questionado no seu espaço de comentário na CNN Portugal sobre se estas imagens fazer com que fosse sentida vergonha, o antigo líder do CDS-PP Francisco Rodrigues dos Santos disse: "Diria que sim. Em particular, peço que pede a todos os agentes políticos que sejam claros na abordagem a esta matéria".

"Não quero viver num país onde, dezenas e dezenas de pessoas, insuspeitas da prática de qualquer crime, sem qualquer indício criminal contra elas, sejam encostadas à parede com as mãos ao alto, a serem revistadas numa coreografia repressiva e musculada por parte da polícia, podendo estas ações preventivas, como foram apresentadas, ter sido realizadas noutros termos e outros moldes", considerou.

O antigo presidente centrista apontou ainda que não havia dúvidas de que "todos queríamos segurança" nas ruas, mas acrescentou que a situação se tornava grave quando essa ação "bélica" era perpetrada e dirigida "apenas contra uma classe de pessoas".

Rodrigues dos Santos afirmou ainda que toda a imagem de as pessoas encostadas à parede, a ser "humilhadas", invoca a memória histórica e coletiva "para um demónio de agressão simbólica que relata o pior da História do séc. XX".

"Cabe-nos a todos, da Esquerda à Direita, conseguir denunciar", sublinhou.

Para além desta questão, o comentador considerou ainda que havia uma "exibição despropositada da autoridade" neste caso, que teve "resultados patéticos". O antigo líder centrista teve ainda 'espaço' para falar da intervenção do Executivo neste caso, afirmando: "Começa a existir uma interferência do Governo na gestão da agenda da segurança pública, baseada em perceções falsas, para justificar uma deriva securitária com objetivos políticos".

Quando questionado sobre se estava a falar da agenda do Chega, Rodrigues dos Santos não hesitou: "da agenda do Chega, evidentemente. É óbvio que a AD já disse ao Chega não precisa de ganhar eleições para executar a sua agenda porque está cá a AD para o fazer. O pior é que está a criar um clima artificial e falso, que é desmentido pelos números".

Leia Também: Cravos solidários com imigrantes no Benformoso em Lisboa 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas