"Espero que haja aqui claramente um relançamento de uma visão para o país. Nós estamos numa nova conjuntura política, o congresso tem de refletir essa nova conjuntura e quais são as metas e ambições do PSD para o país. Não do partido em si, mas para o país", afirmou, em declarações aos jornalistas.
No último dia do 38º Congresso do PSD, em Viana do Castelo, e antes de exercer o seu direito de voto, o cabeça de lista ao Conselho Nacional disse que a lista de Rui Rio é uma lista de renovação geracional.
"O contributo dos novos elementos é muito importante, porque significa claramente uma renovação geracional - André Coelho Lima e no caso da Isaura [Morais], tendo em conta que estamos em altura de autárquicas, é alguém que conhece muito bem esse dossier e penso que essa terá sido a razão principal para a sua escolha", afirmou, acrescentando que "de facto o partido tem de se mobilizar para essa batalha".
O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou no sábado que terá dois novos vice-presidentes, o deputado André Coelho Lima, que já era vogal da Comissão Política, e a deputada e ex-autarca de Rio Maior Isaura Morais.
Deixam o cargo de vice-presidentes Elina Fraga e o presidente da Comissão Política Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro.
Questionado sobre se a existência de 10 listas candidatas revela uma fragmentação do partido, o eurodeputado afirmou que a pluralidade é já uma tradição no PSD.
"Eu diria que isto é normal, quem conhece a dinâmica dos Congressos do PSD nos últimos 20 anos sabe que há sempre uma pluralidade de listas. Umas vezes são oito outras vezes são 10. Outras vezes são nove outras vezes são sete e que neste caso é muito claro que há várias listas no mesmo campo e, portanto, extrair conclusões muito óbvias de qualquer resultado será sempre, complexo", disse.
O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou no sábado que o ex-líder parlamentar Fernando Negrão encabeçará a sua lista ao Conselho de Jurisdição Nacional e Paulo Rangel ao Conselho Nacional.
Fernando Negrão substitui Nunes Liberato como primeiro nome de Rio à Jurisdição, enquanto Paulo Rangel volta a ser o primeiro nome indicado pelo presidente ao Conselho Nacional, lista em que o ex-ministro Arlindo Cunha será o segundo.
Paulo Mota Pinto mantém-se como candidato a presidente da Mesa do Congresso, e a proposta de presidente da Comissão Nacional de Auditoria Financeira recaiu em Fernando Sebastião, que foi mandatário distrital de Rio por Viseu.
O anúncio dos nomes foi feito pelo próprio presidente do partido, no púlpito do 38.º Congresso do PSD.
Para o Conselho Nacional, depois de Paulo Rangel e Arlindo Cunha, a lista de Rio inclui o deputado municipal por Lisboa António Proa, o vice-presidente da Câmara Municipal da Maia Paulo Ramalho e o presidente da concelhia de Aveiro Vítor Martins.
Na Mesa do Congresso, Mota Pinto terá como vice-presidentes o líder do PSD-Açores José Manuel Bolieiro e a presidente da Assembleia Municipal da Trofa Isabel Cruz, tendo como vogais Eduardo Teixeira, Álvaro Madureira, Isabel Matos e Nelson Fernandes.
Para a Jurisdição, Rio propõe, além de Negrão, o histórico militante Pedro Roseta, bem como Paula Reis, João Dias Coelho e Nuno Correia.
Há dez listas ao Conselho Nacional - mais duas que no último Congresso - e quatro à Jurisdição, órgãos eleitos através do método de Hondt.
A votação para os órgãos nacionais do PSD encerrou às 11h00.