A despenalização da eutanásia voltou ao debate político, com discussão no Parlamento agendada para o próximo dia 20. Com a atual configuração da Assembleia da República, a aprovação terá, desta vez, mais hipóteses de vir a ser uma realidade.
O deputado socialista Porfírio Silva comenta, na sua página de Facebook, que tem "alguns problemas com as abordagens ao tema da eutanásia que começam pela filosofia, pela política ou pela moral - isto é, que começam nos grandes princípios".
"O texto de Tolentino [no Expresso] pertence a essa linhagem", exemplifica, explicando que a sua abordagem "começa pelas pessoas concretas colocadas em determinadas circunstâncias e é a isso que tento dar resposta".
"E, sim, também raciocino a partir de possíveis circunstâncias que eu próprio venha a enfrentar", afirma o deputado, acrescentando que só depois tenta "enquadrar em princípios". "Este meu método afasta-me de muitas reflexões que por aí andam", conclui.
Este fim de semana foi tornado público um movimento que pede um referendo à questão da eutanásia assinado por várias figuras políticas, desde Manuela Ferreira Leite, Ramalho Eanes e Ribeiro e Castro. A petição conta, à data da publicação desta notícia, 6.153 assinaturas. Também no decorrer do Congresso do PSD, Paulo Rangel manifestou-se a favor de um referendo.