Jerónimo de Sousa falou aos jornalistas à saída da reunião com o primeiro-ministro, António Costa, esta quinta-feira. O PCP transmitiu preocupações económicas e sociais devido ao vírus e assinalou ser necessária a defesa dos salários e direitos dos trabalhadores.
"Quem tiver certeza perante este cenário que está colocado está enganado. É com sentido de responsabilidade que encontraremos soluções e, da nossa parte, aquilo que dissemos ao Governo é que existe essa mesma disponibilidade e até transmitir o conhecimento de situações que nos chegam", referiu o secretário-geral do PCP.
Este é um quadro "em que se exige uma grande serenidade" e em que o partido está disposto "para dar o contributo que saiam medidas positivas que o Governo irá anunciar".
"Da parte do PCP não faltará nenhum apoio, nenhuma proposta, para que o nosso país e o nosso povo saiam desta curva apertada", acrescentou ainda.
Para o líder comunista, "neste quadro concreto, nunca será um trabalho acabado, serão sempre necessárias medidas posterior" para se poder ultrapassar o problema, com "serenidade e sem alarmismos".
Questionado sobre se saiu "descansado" do encontro, Jerónimo disse que "não", porque "a complexidade deste tema é tão grande que seria pouco avisado dizer que tal ou tal medida vai resolver o problema". No essencial, "há aspetos que temos dificuldade em acompanhar mas a resposta encontrada, sustentada pela DGS, penso que são passos adiante".
"Saímos da reunião com o Governo com pistas que, a serem concretizadas, podem, como disse, garantir que vamos dar passos adiante", rematou o secretário-geral do PCP.
De recordar que o primeiro-ministro, António Costa, interrompeu esta quinta-feira a reunião do Conselho de Ministros para informar e ouvir a opinião dos líderes partidários sobre as medidas do Governo de resposta ao surto de Covid-19.