Restrições que o Governo vai anunciar são "insuficientes"

O deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, confirmou hoje o encerramento de escolas e as "restrições" no acesso a "centros comerciais, restaurantes e outros locais de diversão" para responder ao surto de Covid-19.

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Lusa
12/03/2020 20:48 ‧ 12/03/2020 por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

Cotrim Figueiredo foi o único a comentar, em tom crítico, as propostas que lhe foram apresentadas numa reunião, na Residência Oficial de São Bento, em Lisboa, para fazer face à doença em Portugal.

"O encerramento de escolas e as limitações que vão ser hoje anunciadas são insuficientes", afirmou João Cotrim Figueiredo, depois de ter defendido, e apoiado, medidas que venham a ser adotadas que "reduzam o contacto pessoal" ao "mínimo indispensável".

O fecho das escolas na segunda-feira, antecipando as férias da Páscoa, foi noticiada pela RTP, mas, desde então, nem o Governo nem os representantes dos partidos confirmaram a informação, até Cotrim Figueiredo o fazer.

Segundo o deputado, na reunião com o primeiro-ministro, António Costa, foram "referidas algumas restrições ao funcionamento de centros comerciais, restaurantes e outros locais de diversão, mas não foi referido o encerramento".

"Essas meias medidas não fazem jus à emergência de que estamos perante", acrescentou o deputado único da Iniciativa Liberal.

O parlamentar da IL afirmou que, perante a situação que se vive no mundo e no país com o novo coronavírus, era melhor que "se peque por excesso" e considerou que há um "sentimento de urgência insuficiente" por parte do executivo de António Costa.

Por fim, apelou ao Governo para ter a "coragem, a firmeza e a determinação" de tomar medidas que "podem ser pouco populares, mas absolutamente essenciais".

E, por duas vezes, apelou aos portugueses "a reduzir os contactos pessoais ao mínimo indispensável".

O deputado do IL concorda da ideia de criação de um gabinete de crise, recomendou um reforço de meios nos hospitais público, mas também o lançamento de acordos com os privados e setor social para dar resposta à crise causada pelo novo coronavírus, além de "medidas mitigadoras" para pessoas e empresas.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGSatualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.

O boletim divulgado hoje assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.

No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 637 casos suspeitos.

O Conselho Nacional de Saúde Pública recomendou na quarta-feira que só devem ser encerradas escolas públicas ou privadas por determinação das autoridades de saúde.

 

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