"Aquilo que nos foi apresentado é razoável"

A reunião de Rui Rio com António Costa, em São Bento, já terminou.

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Notícias Ao Minuto
29/04/2020 17:14 ‧ 29/04/2020 por Notícias Ao Minuto

Política

Covid-19

O líder do PSD, Rui Rio, disse que o que foi apresentado pelo Governo, esta quarta-feira, ao partido, sobre o calendário e plano de retoma do país, após o Estado de Emergência, devido à pandemia da Covid-19,  é "razoável", apesar de revelar que houve algumas pequenas divergências.

"Aquilo que nos foi apresentado é razoável, não é por discordarmos de um pontinho ou outro que vamos aqui fazer uma revolução", começou por dizer o presidente do PSD depois deste ter estado reunido durante cerca de duas horas com o primeiro-ministro, a ministra da Saúde e o ministro da Economia, em São Bento.

Aos jornalistas, Rio revelou que António Costa garantiu-lhe que será tudo feito dentro da constitucionalidade. "Tivemos a oportunidade de perguntar ao primeiro-ministro se estava certo de que podia tomar as medidas que necessita sem o estado de emergência. O primeiro-ministro mostrou-se confiante que não haverá problemas de constitucionalidade. Esperamos que tenha razão e que não venham a suceder problemas num futuro próximo", atirou, acrescentando que, assim sendo, aceita que o Governo declare a situação de calamidade pública após 2 de maio, em substituição do estado de emergência.

O social-democrata explicou, que de acordo com a reunião, a “atividade económica será aberta de forma prudente e lenta” e que a situação será reavaliada de 15 em 15 dias (a 4 de maio, 18 de maio e 1 de junho). "E acho que é o correto, começar a abrir a economia e a atividade, mas de forma muito lenta.  Sempre com avaliações antes do passo seguinte. Esta é estratégia que eu entendo que deve ser levada a cabo", salientou.

Já sobre as sugestões do PSD feitas ao Executivo, durante o encontro de hoje,  Rui Rio afirmou que sensibilizou "o Governo para que o dinheiro chegue mais rapidamente às empresas” e para que o Estado pague “rapidamente todas as dívidas que tem aos fornecedores”.

 

Lojas de rua abrem na primeira fase

Ainda durante a mesma intervenção, o líder dos social-democratas revelou que o Governo está a ponderar abrir, já na primeira fase, “algumas lojas de rua de tamanho mais reduzido, não as grandes lojas, e depois, gradualmente, abrir mais, alargar a outro tipo de lojas e mais alguns negócios”. Contudo, frisou, “as pessoas têm de manter o comportamento que têm vindo a ter”.

"Não as grandes lojas, mas aquelas onde não há grandes acumulações de pessoas e depois ir gradualmente, a 18 de maio, alargar o tipo de lojas que podem abrir. Em paralelo também mais alguns negócios. barbeiros, cabeleireiros, mas isso eu acho que deve ser o primeiro-ministro e o Governo a dizer aquilo que vão fazer e acima de tudo em definitivo", rematou.

Restaurantes não vão abrir já

Já sobre os espaços de restauração, Rui Rio disse que estes vão, de acordo com António Costa, manter-se fechados para já, sendo que, ao que tudo indica, serão reabertos na segunda fase, que se prevê aconteça a 18 de maio. Mesmo assim, sublinha Rio, "de uma forma equilibrada”.

PSD sugeriu ainda a "utilização obrigatória de máscaras em lojas, em espaços fechados". "O Governo acolheu esta nossa sugestão. Não sei se no fim do dia ela fica ou não fica", adiantou.

O líder do PSD que não quis, contudo, antecipar mais medidas que estão a ser alinhadas pelo Governo, por achar que é a António Costa que cabe essa tarefa.

"Não me compete a mim dizer aquilo que o Governo vai fazer nem me compete a mim dizer tudo aquilo que lá dentro o Governo nos disse, até porque o Governo ouviu o PSD, nós fizemos as nossas sugestões também relativamente à forma como as coisas podem abrir, e vai ouvir agora sugestões dos outros partidos e depois há de haver um modelo final e nesse é que depois havemos de dar a nossa opinião", concluiu.

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