Esta pergunta do PEV foi dirigida ao Ministério do Ambiente e da Ação Climática, questionando se tem conhecimento destas situações de sobrelotação e "que medidas foram transmitidas aos operadores de transportes públicos para garantir a segurança, não só aos trabalhadores, motoristas, como também aos próprios utentes".
Segundo o PEV, esta situação está a ocorrer por causa da redução da oferta de transportes públicos" e que, "em muitos casos, não foi devidamente acertada com a real procura de muitos cidadãos que continuaram a deslocar-se para trabalhar".
"Em determinadas horas do dia, verifica-se uma oferta muito aquém do necessário, obrigando os utentes a não conseguirem respeitar a distância física de segurança recomendada pela Direção-Geral da Saúde. Têm chegado com frequência ao Grupo Parlamentar do PEV denúncias e queixas sobre a ausência do cumprimento das medidas de segurança e de distanciamento físico ao nível dos transportes públicos", adverte-se no mesmo texto.
O PEV refere depois que esses casos de sobrelotação estão a ocorrer no metropolitano de Lisboa, nos TST (Transportes Sul do Tejo), na linha ferroviária de Sintra e na rodoviária de Lisboa, "particularmente no horário de ponta, onde o número de passageiros é superior ao normal".
"Que entidades estão a fazer o acompanhamento do serviço de transporte público e a assegurar que não há risco de excesso de passageiros por veículo? Que linhas e carreiras tem o Ministério identificadas pelo país, onde a oferta não está a garantir que haja um distanciamento sanitário entre passageiros, e que horários serão praticados?", questionam os deputados do PEV.
O PEV pergunta ainda ao Ministério do Ambiente que garantia será dada para que os transportes públicos não constituam meios de transmissão e propagação da Covid-19 com a progressiva retoma de mais atividades laborais" a partir desta segunda-feira.
Portugal regista hoje 1.043 mortos relacionadas com a covid-19, mais 20 do que no que sábado, e 25.282 infetados (mais 92), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.