Esta exigência de Catarina Martins foi deixada na sequência da audiência com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, sobre a segunda fase de desconfinamento de atividades económicas e sociais no atual quadro de pandemia de covid-19.
Perante casos de pobreza registados em Portugal, a coordenadora bloquista apontou que as autarquias "têm uma resposta que não é igual em todo o país".
"Entendemos que é preciso uma força de resposta de emergência coerente em todo o país. A nenhuma família pode faltar os bens essenciais", reforçou Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu ainda que o apoio às famílias que optam por não deixar os seus filhos nas creches deve prolongar-se para além do fim deste mês.
"Isso permitiria diminuir o número de crianças nas creches, tendo grupos mais pequenos de acordo com as orientações da Direção Geral da Saúde. Por outro lado, o Bloco de Esquerda entende que há uma necessidade forte de se aumentarem os apoios sociais", disse.
Catarina Martins salientou neste ponto que 60% dos trabalhadores já perdeu rendimento e, em alguns casos, registou-se uma perda total de rendimentos.
"São as gerações mais jovens, as gerações mais precárias, que estão as sofrer mais", advertiu.