"Procuramos desesperadamente respostas com os epidemiologistas"

Duarte Cordeiro defendeu, esta segunda-feira, que a resposta para o surto em Lisboa "não é fechar, é encontrar respostas que permitam diminuir o grau de risco e o crescimento que temos tido".

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Filipa Matias Pereira
29/06/2020 22:03 ‧ 29/06/2020 por Filipa Matias Pereira

Política

Covid-19

O que justifica o surto de Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa (AML)? "A existência de cadeias de transmissão ativas que ainda não foram isoladas". Foi desta forma que Duarte Cordeiro respondeu, na noite desta segunda-feira, à questão de Miguel Sousa Tavares, no espaço de comentário da TVI.

De acordo com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, ao longo das nove reuniões já realizadas no Infarmed, o Governo procurou "acompanhar toda a situação" que o país vai vivendo, "tentando responder adequadamente". E a informação que vai sendo transmitida pelos especialistas indica que "o problema [está] concentrado na AML".

Em reposta ao problema, várias medidas foram adotadas, como garantiu o coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo no combate à pandemia. "Tivemos surtos em empresas e procurámos isolar problemas", avançando com "medidas específicas", como foi o caso da construção civil.

Nas palavras de Duarte Cordeiro, "temos de ter humildade na forma como acompanhamos todos estes processos, procuramos desesperadamente encontrar respostas com os epidemiologistas".

Já relativamente à hipótese de este surto ser motivado pelas pessoas que habitam no mesmo espaço e não conseguem isolar-se para fazer a quarentena, garantiu o secretário de Estado que a saúde pública é responsável por encaminhar os infetados para estruturas criadas para o efeito, quando necessário. "Temos pousadas da juventude, do INATEL, para situações de isolamento".

Na AML, nomeadamente nos concelhos mais afetados, há cerca de "6 mil casos ativos" de Covid-19. Falamos, essencialmente, de pessoas entre os 20 e os 49 anos, que se estima que tenham contraído o vírus em casa ou no local de trabalho.

Sousa Tavares questionou ainda o governante sobre a possibilidade de as pessoas residentes na AML serem colocadas em lay-off, como forma de evitar o contágio da doença. À questão, Duarte Cordeiro respondeu apenas que "as pessoas têm acesso ao isolamento profilático a 100%. Quando determinamos que a pessoa deve ficar em casa, [ela] tem direito a apoios sociais".

Costa afastou, no domingo, o cancelamento da final da Champions, considerando que os surtos não têm relação com centro de Lisboa, onde serão realizados os jogos. Perante o tema, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares diz-se "preocupado com toda a AML", e não apenas com o centro. "Todos fomos dizendo que temos de aprender a conviver com a doença e com o risco. A solução não é fechar, é encontrar repostas que permitam diminuir o grau de risco e o crescimento que temos tido".

Ao longo da pandemia, pretendeu ainda o Governo garantir que não havia "uma rutura no Serviço Nacional de Saúde. Todos os dias monitorizamos a ver se alguma dessas variáveis é posta em casa". Apesar de o Hospital Amadora-Sintra ter começado a encaminhar pacientes para Santarém por falta de capacidade, considerou o governante que, "em rede, não temos problema".

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