Desconfinamento? Paulo Portas defende que autoridades "foram desleixadas"

O comentador defendeu ainda que Portugal tem de se "preparar muito melhor" para uma possível segunda vaga da pandemia no outono.

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Mafalda Tello Silva
13/07/2020 09:45 ‧ 13/07/2020 por Mafalda Tello Silva

Política

Paulo Portas

Paulo Portas considerou, este domingo, que as autoridades portuguesas "foram desleixadas" na gestão do desconfinamento. No seu espaço de comentário semanal na TVI, o antigo líder do CDS argumentou também que, em parte, esse 'desleixo' contribuiu para que houvesse algum "descontrolo" da situação epidemiológica na região de Lisboa e Vale do Tejo.   

"O que falhou entre meio de maio e hoje, quando as autoridades decidem, e bem, desconfinar, foi que não fizeram um plano de contingência e foram desleixadas”, sustentou. 

Para Paulo Portas, “a arte está em chegar ao infetado, rapidamente, e fazer o mapeamento dos contactos, porque são potenciais contagiados” e, segundo o comentador, faltaram recursos humanos para a realização do mapeamento dos contactos dos casos positivos. “Não percebo como não foram buscar gente ao Exército, aos finalistas de Sociologia, pelo menos para os inquéritos”, apontou. 

Recordando que vários cientistas denotam que, atualmente, o país está a passar por "uma réplica" e não por "uma segunda vaga" do surto, o ex-ministro reiterou que o que o "preocupa" é a "atitude pouco profissional das autoridades". "É que, se isto aconteceu numa réplica, então, temos de nos preparar muito melhor para uma eventual segunda vaga que chegue no outono”, justificou. 

Ainda sobre a evolução da pandemia no país, Paulo Portas referiu que os números relativos à incidência da Covid-19 na população estão a prejudicar a imagem de Portugal lá fora, num momento em que o país "está a ser avaliado". Mais, para o antigo dirigente partidário, o turismo este ano está condenado: 

"Neste momento, temos 15 dos 27 países da União Europeia com restrições à viagem para Portugal ou ao regresso de uma viagem para Portugal. Perdemos a última oportunidade que tínhamos para salvar a época turística, com a reabertura das fronteiras e o regresso dos voos. As autoridades portuguesas desleixaram-se”, reafirmou, acrescentando que "passámos diretamente de dizer que somos os melhores do mundo para dizer que o mundo está contra nós e isso não faz sentido nenhum”.

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