Na sequência de um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, em que se ouve António Costa a chamar "cobardes" aos médicos na sequência do surto em Reguengos de Monsaraz, Francisco Rodrigues dos Santos reagiu nas redes sociais, sugerindo que o primeiro-ministro deve retratar-se publicamente.
"Ontem [sábado], depois de ler a entrevista de António Costa ao Expresso, alertei que ela espelhava um perigoso sintoma de má convivência democrática com os médicos. Hoje [domingo], através de um vídeo que circula nas redes sociais, confirma-se que, infelizmente, a minha interpretação estava certa".
Prossegue o líder do CDS que ouviu, viu "e não queria acreditar. Os elogios, os aplausos, os "prémios" de finais de Liga dos Campeões para os profissionais de saúde, não foram mais que fachada mediática. Hoje, nas suas camisolas, Bayern e PSG dizem-lhes "danke" e "merci". António Costa, chama-os de "cobardes"".
Estes são, como recorda o centrista, os profissionais que "totalizaram 20% dos infetados em Portugal e encabeçaram a luta à Covid dia e noite, correndo risco de vida e permitindo a António Costa alavancar a popularidade à custa do seu esforço, os médicos eram os heróis do país".
Mas, quando os médicos "começaram a apontar claros indícios de falhas do Estado no tratamento de doentes, nomeadamente os mais idosos, passaram a ser “cobardes”, a não ter competência para elaborar relatórios e a serem criticados por terem opinião nas televisões".
António Costa, ataca o líder político, "não retirou uma única consequência política pelos erros cometidos no Lar de Reguengos, manteve a sua ministra em funções e não pediu desculpas às famílias que perderam entes queridos. Mas já encontrou um bode expiatório: os médicos. O socialismo faz cada vez pior à saúde da nossa democracia".
Defende, com efeito, Francisco Rodrigues dos Santos que "o primeiro-ministro deve retratar-se publicamente e retirar imediatamente o ataque feroz que desferiu à classe profissional com que os portugueses mais contam para vencer esta pandemia".
O Notícias ao Minuto tentou obter reação por parte do gabinete do primeiro-ministro, mas sem sucesso até ao momento.