Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro e especialista em Saúde Pública, acredita que, nesta fase, o "fio condutor" das medidas para controlar a pandemia "passa por valorizar a simplicidade evitando confundir e desmobilizar os cidadãos".
Ou seja, devem ser consideradas "poucas medidas, constantes e coerentes e, apenas, aquelas que a ciência comprovou serem úteis e eficazes", de forma a evitar um novo confinamento que "seria devastador para a economia e para o emprego".
Assim, e tendo em conta contexto de agravamento da pandemia, "importará agir a nível local e regional apostando tudo na proximidade para prevenir a difusão descontrolada da transmissão", defende o antecessor de Marta Temido numa publicação partilhada no Facebook, sugerindo que as empresas que o possam fazer implementem o teletrabalho.
"Tendo presente a atual dinâmica da infecção muito ajudaria que as diferentes instituições, entidades e empresas tomassem como objetivo transferir para teletrabalho tudo aquilo que, com igual resultado, possa ser feito por essa via", defende, assinalando que tal seria "um passo importante".
Na sequência do agravamento da situação epidemiológica, o Presidente da República agendou audiências em Belém com vários responsáveis pela área da saúde, assim como antigos ministros, como é o caso de Adalberto Campos Fernandes.
Portugal ultrapassou esta segunda-feira a barreira dos 100 mil infetados desde o início da pandemia, ao somar mais 1.949 novos casos de Covid-19. De acordo com o boletim de segunda-feira, morreram no espaço de 24 horas mais 17 pessoas.