José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, disse, após a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, que o partido "transmitiu ao Presidente da República que é favorável à renovação do Estado de Emergência e à adoção de medidas que sejam adequadas e proporcionais" e que possam ser aplicados "critérios indistintamente a todo o território, mas de uma forma gradual e ajustada à realidade das diferentes situações no país".
Em função dos números de contágio, prosseguiu, "graduar o nível de perigosidade dos diferentes municípios e, em função do nível de perigosidade, [decidir] assim as medidas a adotar relativamente ao Estado de Emergência".
Quanto aos concelhos que serão afetados pelo recolher às 13 horas no próximo fim de semana- e se alguns deles poderão deixar de ter esta medida - o responsável frisou que "é possível que alguns possam deixar de ter e outros que não tiveram tenham que ter, em função da gravidade".
Reiterando que as decisões são tomadas tendo em conta as posições de cientistas, José Luís Carneiro sublinhou "que a informação que tem sido disponibilizada ao Governo" tem permitido "que sejam tomadas as decisões adequadas no tempo e ajustadas no espaço aos diferentes territórios do país" e estas continuarão a ser "aplicadas com base nesses fundamentos técnicos e científicos".
Quanto à necessidade de uma comunicação mais clara, pedida por diversos partidos, o secretário-geral adjunto do PS advogou que esta é uma questão muito pertinente: "Quanto aos diversos níveis que irão ser estabelecidos, o Governo está em diálogo com as instituições de investigação e, amanhã, haverá a continuidade desse esforço de auscultação, nomeadamente com os epidemiologistas".
OE? "Haverá de novo diálogo e conversações com os partidos"
"Queria dizer que, por iniciativa do Governo, amanhã pela manhã, haverá de novo diálogo e conversações com os partidos - nomeadamente com o próprio Bloco de Esquerda - tendo em vista garantir a confirmação da disponibilidade negocial da parte do Governo", revelou.
Frisando que "desde o início" o Governo mostrou "abertura total para acolher as propostas dos parceiros políticos com incidência parlamentar", José Luís Carneiro fez questão de salientar que o Executivo avançou "com um reforço de que não há memória de investimento em mais meios humanos e materiais para o Serviço Nacional de Saúde" e "disponibilizou-se a avançar com um conjunto de iniciativas com vista diminuir o abuso de situações laborais".
"Desde o início, o Governo e o PS com esforço parlamentar, abriram todas as portas ao diálogo e à convergência. Mas o diálogo e a negociação não podem ser um finca-pé. Olhamos para as propostas que o Bloco apresentou e dá ideia que estamos no princípio do exercício", terminou.
DIRETO | Declaração à Comunicação Social no final da audiência com o Presidente da Republica https://t.co/qRUXKmhlre
— psocialista (@psocialista) November 18, 2020
[Última atualização às 18h57]