"Para uns ditam-se proibições, para outros aceitam-se exceções. Milhões de portugueses bloqueados em casa. Umas centenas de militantes comunistas em alegre convívio congressista", criticou o líder parlamentar do PSD, Adão Silva, no debate sobre o pedido de renovação do estado de emergência.
O deputado social-democrata deu como certo que "nos dias que correm, o Governo deve a sua sobrevivência política ao PCP", mas defendeu que o que importa é a sobrevivência dos portugueses, das empresas, do emprego e dos serviços de saúde.
"Só esperamos que o Governo não esteja a tentar alguma habilidade saloia, enganando tudo e todos, para não deixar o PCP sem Congresso. Seria o cúmulo do ridículo", criticou.
Adão Silva acusou os dirigentes do PCP de "prepotência e arrogância" por manter o Congresso marcada para entre 27 e 29 de novembro, em Loures, e o Governo de "silêncio cúmplice" e colocou como primeira exigência ao Governo que seja "claro, coerente e politicamente honesto".
O regime legal do estado de sítio e do estado de emergência estabelece que "as reuniões dos órgãos estatutários dos partidos políticos, sindicatos e associações profissionais não serão em caso algum proibidas, dissolvidas ou submetidas a autorização prévia".
Logo no início da sua intervenção, o líder parlamentar do PSD confirmou o voto favorável dos sociais-democratas ao pedido de renovação da emergência.