Em comunicado, os vereadores Andreia Bernardo e Nuno Lopes defendem que "os sintrenses não podem ficar prejudicados em investimentos na rede de jardins de infância, no parque habitacional, no desporto, na juventude, na ação social e no apoio ao tecido empresarial" por terem de "colmatar falhas do governo na área da saúde".
Na defesa que faz desta opção, o PSD recorda ao governo que, em 2020, o município comparticipou o Hospital Fernando da Fonseca em dois milhões e cem mil euros, disponibilizou um terreno para instalar o hospital e assumirá os investimentos financeiros relativos à conceção e construção desta unidade hospitalar e seus acessos.
Entre outros argumentos, os vereadores 'laranjas' relembram que estão a ser efetuados elevados investimentos pelo município na área da saúde, nomeadamente na construção e reabilitação de seis centros de saúde, e consideram que parte do investimento previsto ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência deve destinar-se à construção do hospital sintrense.
"Considerando que Portugal vai receber 13 mil milhões de euros, entre 2021 e 2026, do Mecanismo de Recuperação e Resiliência para recuperar da crise e que uma parte desse montante será afeto à Área Metropolitana de Lisboa, o município de Sintra não pode ficar afastado de um forte apoio por parte deste mecanismo para financiamento de investimentos na área da saúde já efetuados, nomeadamente no Centro de Saúde de Sintra, que foi totalmente suportado por este município, bem como para o futuro Centro de Saúde de Belas e o futuro Hospital de Proximidade de Sintra", diz o comunicado.
Andreia Bernardo e Nuno Lopes frisam ainda que Sintra, por ser um município com eficiência financeira, não pode ficar afastada dos investimentos por parte da Administração Central.
A Câmara de Sintra aprovou em 2020 o lançamento de um concurso internacional para a construção do novo hospital, num investimento de 40,4 milhões de euros, cujas obras têm início previsto para 2021.
De acordo com a informação divulgada pela autarquia, a construção fica a cargo da Câmara de Sintra, enquanto o Estado assume a aquisição e instalação do equipamento, orçamentadas no valor de 22 milhões de euros.
A proposta para o lançamento do concurso de construção foi aprovada com os votos favoráveis do presidente e vereadores eleitos pelo PS (6 no total), voto favorável do vereador independente Carlos Parreiras (1), voto favorável dos vereadores do PSD (2) e voto contra do vereador da CDU (1).
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