No debate sobre política geral na Assembleia da República, em Lisboa, Jerónimo de Sousa pediu a António Costa um "ponto de situação" de medidas, algumas delas viabilizadas pelo PCP, e afirmou que se os problemas do país devido à crise pandémica "são amplos e profundos", então as "respostas também têm que o ser".
O deputado e secretário-geral dos comunistas enumerou várias medidas, entre elas o reforço do pessoal de saúde pública e nos cuidados de saúde primários, o pleno aproveitamento do hospital militar de Belém, em Lisboa.
"Porque não basta ter mais camas, é preciso ter profissionais de saúde", disse.
Na resposta, António Costa falou de decisões que decorrem do Orçamento do Estado como pagamento a 100% do 'lay off", o aumento extraordinário das pensões e o reforço dos meios do Serviço Nacional de Saúde.
E deu o exemplo do número de médicos nos serviços públicos que, disse, "efetivamente" são hoje mais do que em janeiro de 2020, sem, no entanto, dar o número.
"É esse esforço que vamos continuar e que foi viabilizado com o contributo do PCP", prometeu o chefe do Governo, que depois ouviu um comentário.
O líder comunista agradeceu, mas admitiu: "são explicações que não são totalmente convincentes."
Jerónimo de Sousa abordou ainda a questão das vacinas para a covid-19, das farmacêuticas, que "não têm capacidade de produção suficiente e recusam partilhar as patentes para que as vacinas sejam produzidas noutros laboratórios", e do "braço de ferro" entre o "valor do lucro ou da vida humana". E questionou: quem ganha?
Na resposta, António Costa elogiou a decisão "extraordinária" da União Europeia de compra conjunta de vacinas a distribuir pelos Estados-membros e afirmou que o país tem "tido acesso às vacinas" que permitem executar o plano de vacinação.