Presidenciais. "Ninguém mais no futuro vai repetir resultado de Marcelo"
Luís Marques Mendes comentou este domingo o resultado das eleições presidenciais, que ocorreram no domingo passado, considerando que deixaram o atual Presidente da República com "uma legitimidade e uma autoridade reforçadíssimas". Paralelamente, acrescenta o comentador, segue para um segundo mandato "difícil".
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Política Marques Mendes
É uma coisa esmagadora”, descreveu Luís Marques Mendes, este domingo, referindo-se à reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa, há uma semana, com mais de 60% dos votos. “Ganhou em todos os concelhos do país, todos. Nem Mário Soares conseguiu isso quando teve 70%”, lembrou.
Marques Mendes acrescentou, ainda, que votação conseguida pelo Presidente da República - “superior à que Ramalho Eanes, Jorge Sampaio ou Cavaco Silva tiveram nas respectivas reeleições” - confere-lhe “uma legitimidade e uma autoridade reforçadíssimas”, sobretudo “com uma votação em tempo de pandemia”.
“Da mesma forma que eu acredito que ninguém mais no futuro vai repetir este resultado de Marcelo Rebelo de Sousa, acho que também vai ser difícil alguém ter um segundo mandato tão difícil quanto o Presidente da República vai ter”, considerou o comentador.
Em causa, disse o Conselheiro de Estado, na antena da SIC Notícias, estão a “pandemia, a crise económica e social, o Governo, que tem uma estabilidade muito precária, a falta de alternativa no centro-direita”. “E depois, finalmente, um risco que eu acho que está aí no horizonte que é o risco de ingovernabilidade no futuro à esquerda e à direita”, completou, referindo-se a uma putativa “dificuldade” que existirá no futuro, “a seguir a novas eleições, de criar um Governo maioritário estável e sobretudo coerente”.
O social-democrata alertou que o Presidente da República “não pode substituir-se aos partidos”, sejam do arco governativo ou da oposição, e “não há governos de iniciativa presidencial, como a cada passo se pede”. A possibilidade de um governo de bloco central, no entender de Marques Mendes, “seria criar uma avenida, uma passadeira vermelha, para os extremos”.
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