Num comunicado com o título "O estado do país e as eleições autárquicas no nosso distrito", o presidente da comissão distrital do PSD/Porto, Alberto Machado, começa por referir que "Portugal vive o período mais complicado e mais negro das últimas décadas", referindo que "a crise trágica na saúde" com a covid-19 está a provocar "milhares de infetados, de mortos e internados, aliada a uma severa recessão económica e a uma crise social sem paralelo".
"Do discurso arrogante, em meados de 2020, quando se ouviam vozes do PS a gabar-se de o vírus ter encontrado pela frente um Governo capaz, à tragédia humana, sanitária, social e económica, que atualmente vivemos, foi uma ténue linha que rapidamente se ultrapassou", refere Alberto Machado.
O líder do PSD/Porto é direto na análise: "Não! Não temos um Governo capaz. Não! Não temos um Governo que fale verdade. Não! Não temos um Governo previdente, proativo e muito menos competente!", lê-se no comunicado.
Alberto Machado enumera questões ligadas à gestão da pandemia associando palavras como "necessidade", "falta" ou "promessa" a recursos como ventiladores, computadores e ferramentas tecnológicas para as escolas, bem como recursos humanos, logísticos e de material para os hospitais, para referir que o Governo socialista evidencia "desorientação e desnorte".
Para o PSD/Porto algumas decisões de confinamento foram "medrosas e a conta-gotas", sendo "algumas incompreensíveis" e que prejudicam "aqueles que desde cedo sofreram com o encerramento da atividade económica".
"Pelo meio, assistimos à desonrosa vergonha internacional da escolha do procurador europeu, à ignorante indiferença perante um alegado caso de homicídio de um cidadão estrangeiro e à falta de protocolos na administração das vacinas que estão a gerar episódios rocambolescos. Primeiro com a vacina da gripe e agora com a vacina contra a covid-19", refere o texto.
O líder dos sociais-democratas do Porto aponta que "não foi por falta de aviso do PSD e muito menos por falta de solidariedade institucional e parlamentar, que o Governo das esquerdas falhou e continua a falhar redondamente".
"Temos um Governo esgotado, desorientado, encostado às cordas, sem capacidade de agir e de antecipar, continuando a governar através do controlo tático da máquina do Estado e da comunicação social, de sondagens, de truques de comunicação e, acima de tudo, de uma enorme falta de vergonha perante todos os portugueses", atira Alberto Machado.
O presidente do PSD/Porto critica o que diz ser uma "visão marxista e populista de esquerda", mas também refere que "não é com extremismos de direita, perigosamente populistas e altamente demagógicos que o país avança", desejando que o país alcance "uma normalidade sustentada".
No comunicado, Alberto Machado enumera as reuniões que tem mantido com várias entidades "apesar de todos os impedimentos e contingências" e recorda que este ano existirão eleições autárquicas.
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