De acordo com a mesma fonte, "Marcelo Rebelo de Sousa quis passar das palavras aos atos e reconhecer a realidade da sociedade portuguesa, em que as mulheres são maioritárias no ensino superior e universitário, dando assim um sinal forte, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher".
"Na nova equipa das casas Civil e Militar do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa vai haver mais de 60% de mulheres neste segundo mandato. Na Casa Civil, as consultoras são mesmo mais de 63%, com a entrada de novas caras e novas competências", referiu.
Sem contar com o secretariado e com a equipa de imagem, a partir de 09 de março, passará a haver 21 mulheres e 12 homens na Casa Civil - que deixará de ter assessores e terá apenas consultores - e três mulheres e quatro homens na Casa Militar, incluindo os chefes das duas casas.
Na Casa Militar não haverá mudanças na proporção por género. Na Casa Civil, neste final de primeiro mandato a maioria é masculina, com 16 homens e 11 mulheres, situação que se irá inverter.
A lista de 24 mulheres com estudos superiores na nova equipa de Marcelo Rebelo de Sousa, a que a Lusa teve acesso, inclui 12 que já estavam em Belém e 12 que irão entrar no segundo mandato, que começa na terça-feira.
Entre os novos rostos estão Djaimilia Pereira de Oliveira, escritora, doutorada em Letras, Inês Domingos, docente da Universidade Católica, mestre em Economia, ex-deputada do PSD, Isabel Aldir, médica, diretora do Programa Nacional contra o HIV e a Tuberculose, e Maria Amélia Paiva, diplomata, embaixadora em Moçambique.
Patrícia Fonseca, engenheira agrónoma, ex-deputada do CDS-PP, Zita Martins, professora do Instituto Superior Técnico, doutorada em Astrobiologia, Rita Saias, jurista, presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), e Ana Patrícia Pereira, major da GNR, são outros dos novos elementos femininos na equipa do Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República nas eleições presidenciais de 24 de janeiro passado, com 60,67% dos votos expressos, e vai tomar posse para um segundo mandato, perante o parlamento, na terça-feira.
Há três anos, o Presidente da República celebrou o Dia Internacional da Mulher, 08 de março, com trabalhadoras de uma fábrica do setor têxtil, na Amadora, e considerou que em matéria de igualdade de género as coisas têm melhorado em Portugal, mas não o suficiente.
Defensor das quotas de género, o chefe de Estado considerou que têm ajudado à igualdade, mas precisam de ser acompanhadas por uma mudança social.