"A grande razão pela qual não se pode colocar Beja, não faz o menor sentido colocar Beja nesta avaliação é a seguinte: o aeroporto mais longe de um centro urbano que existe está a 66 quilómetros. Lisboa está de Beja à distância de 129 quilómetros, e isto é intransponível", afirmou António Costa, na Assembleia da República.
António Costa, que falava durante o debate sobre política geral com o primeiro-ministro, concluiu que, por esse motivo, "não faz sentido" colocar a opção de Beja "na equação".
Antes, o deputado e porta-voz do PAN considerou que o Governo vai fazer "uma avaliação ambiental estratégica fictícia, que compara apenas duas localizações, designadamente, a solução Lisboa + Montijo em duas opções de intensidade distintas, e a solução Alcochete".
"Por que é que o Governo não faz uma avaliação ambiental estratégica a sério, que inclua a opção de Beja? O Governo tem medo dos resultados da avaliação? O Governo tem medo que o resultado venha demonstrar que a solução de Beja é a mais adequada?", perguntou ao primeiro-ministro.
António Costa começou por dar uma resposta sem falar de Beja, defendendo que o debate sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa já se prolonga há muitas décadas e que agora "o país não pode multiplicar outras soluções, se não daqui a 60 anos ainda alguém estará aqui a discutir onde é que há de ser a localização do novo aeroporto de Lisboa".
"Estamos mesmo numa luta contra o tempo", sustentou, após referir que a construção do novo aeroporto no Montijo "não se revelou viável por uma questão legal" e que o Governo decidiu "de uma vez por todas" fazer "a avaliação ambiental estratégica, não entre duas, mas entre três soluções: Alcochete, Portela + Montijo ou Montijo + Portela".
Mais à frente, depois de André Silva lhe ter colocado outras questões, o primeiro-ministro justificou então a exclusão da opção de Beja da avaliação ambiental estratégica.
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