Paulo Cafôfo apontou a mobilidade marítima e aérea e o Centro Internacional de Negócios da Madeira como alguns dos "principais assuntos" que dizem respeito à região autónoma e que devem ser solucionados pelo Governo da República, liderado pelo socialista António Costa.
"Importa discutir que futuro queremos para a Autonomia, os desafios que temos pela frente, o caminho a trilhar e as prioridades que devemos desenvolver", disse, reforçando: "A discussão da autonomia não se pode esgotar em burocracias legislativas."
O presidente do PS/Madeira falava no âmbito da reunião da Comissão Política Regional, que decorreu hoje, no Funchal, na qual foi apresentada a moção setorial 'Estados Gerais da Autonomia', que a estrutura regional do partido vai apresentar no congresso nacional, agendado para 10 e 11 de julho.
"Importa discutir como aperfeiçoar os instrumentos autonómicos que as regiões autónomas têm ao seu dispor e como podemos avançar em áreas onde, ao contrário de outras regiões do país, ainda não conseguimos atingir objetivos de desenvolvimento, como a educação, igualdade e desenvolvimento social", declarou.
Paulo Cafôfo entende que, face à perspetiva de uma revisão da Constituição na atual legislatura, este é o "momento ideal" para proceder também à revisão do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, indicando que o PS deu o "primeiro passo" com a entrega da proposta da revisão no parlamento regional.
"É fundamental empreender um diálogo sério entre a região e a República, porque não podemos continuar a alimentar um contencioso promovido pelo PSD/Madeira, que apenas tem como objetivo manter tudo na mesma e tirar dividendos políticos ou partidários", considerou.
Na moção ?Estados Gerais da Autonomia', os socialistas madeirenses defendem que, perante os efeitos da crise pandémica, os desafios da região implicam "rigor, competência e coragem política", com vista a concretizar "mudanças estruturantes", sustentadas na dinamização da economia, criação de emprego, qualificação da população, inovação e tecnologia e sustentabilidade ambiental e social.
"Só uma economia forte permite uma sociedade inclusiva, não discriminatória, e que reduza assimetrias entre todos aqueles que a compõem, garantindo uma sociedade mais justa, equitativa e equilibrada", disse.
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