Ilda Figueiredo criticou "ouvidos moucos" e "falta de diálogo" de Moreira
A candidata da CDU à presidência da Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, acusou hoje Rui Moreira de fazer "ouvidos moucos" aos protestos dos moradores e de "falta de diálogo" em relação, nomeadamente, às questões de mobilidade.
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"Sente-se que este mandato foi de 'ouvidos moucos' aos protestos dos moradores, com uma falta de diálogo muito forte e, mesmo na própria câmara, os vereadores da oposição, como é o meu caso, em geral só tinham conhecimento das decisões quando elas vinham para a rua. Não eram alertados a tempo, por exemplo, das alterações que a Metro ou outras empresas públicas ou o próprio Governo iam fazendo", afirmou Ilda Figueiredo.
A cabeça de lista da CDU à Câmara do Porto falava no final de uma ação de campanha na freguesia de Aldoar, designadamente na Avenida da Boavista e zona do Aviz, onde contactou com moradores para dar a conhecer o seu programa e ouviu comerciantes sobre os prejuízos causados pela pandemia, bem como sobre a lenta retoma do comércio.
Ilda Figueiredo criticou a política do "deixa andar" do atual presidente da câmara, apontando, como exemplo, "o programa Rua Direita, com propostas de requalificação e arranjo de uma grande parte das ruas da cidade, mas que acabou reduzido a duas ou três, como a avenida Fernão de Magalhães e pouco mais".
"É por isso que vemos o estado lastimável de grande parte do espaço público e das ruas da cidade, seja nas zonas dos bairros e zonas mais carenciadas, seja em zonas mais desenvolvidas da cidade, como esta que visitamos hoje", sublinhou a candidata da coligação PCP-PEV.
Ilda Figueiredo chamou a atenção para o caso concreto da rua junto à escola Garcia de Orta, no Aviz, onde contactou com alunos e ouviu queixas em relação à falta de uma sinalização mais visível sobre a existência do estabelecimento escolar, de forma que os carros desacelerem quando passam pelo local.
"Pelo menos num sentido há alguma dificuldade de visão e os jovens correm o risco de ser atropelados", alertou, defendendo a necessidade de a câmara ali colocar "ou uma rampa ou um sinal que identifique claramente a escola para que, quem não conhece, possa reduzir a velocidade".
Frisou o "mau estado do piso de muitas ruas, incluindo em certas áreas desta zona, que é uma zona nobre da cidade, mas também na rua do Jornal de Notícias e outras limítrofes cheias de buracos. Os moradores chamaram a atenção para isso porque, sobretudo idosos ou cidadãos com mobilidade reduzida, podem sofrer acidentes".
Ainda na questão da mobilidade, lembrou que "estava previsto que a nova linha de metro iria continuar na zona do Campo Alegre, passaria pelos bairros municipais e viria ter a esta zona da avenida da Boavista até a Foz. Infelizmente, foi alterado o trajeto, foi cortada toda a parte sul, incluindo a parte sul do Campo Alegre, Aldoar e zona da Foz".
"Ficará reduzido à rotunda da Boavista, o que é lamentável, as pessoas também se queixam disso, também acham que apesar de viverem numa zona mais desenvolvida da cidade tinham igualmente direito a ter metro. Achamos que a maioria de Rui Moreira aceitou passivamente este corte que a Metro do Porto fez, sem um protesto como devia ter acontecido", acrescentou.
São candidatos à presidência da Câmara do Porto, nas eleições de domingo, Rui Moreira (movimento independente "Rui Moreira: Aqui há Porto" - apoiado por IL, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).
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