O socialista Augusto Santos Silva revelou, este sábado, que tem havido diálogo no Partido Socialista (PS) para que haja uma candidatura única nas eleições presidenciais, nomeadamente entre as figuras que têm sido apontadas. Mais uma vez, não se excluiu da corrida a Belém, mas não confirmou se avança.
"É essencial que o candidato que venha a ser escolhido em termos de apoio beneficie do apoio de todo o PS e creio que o PS estará unido nisso", disse o antigo presidente da Assembleia da República.
"Considero que agora demos um passo em frente, que foi a definição de um perfil, que permitirá escolher agora a personalidade", acrescentou Santos Silva, à saída da Comissão Nacional do PS, em Setúbal.
Interrogado sobre se não deveria acontecer uma conversa a três, em referência aos nomes que têm sido apontados - o próprio, Augusto Santos Silva, António Vitorino e António José Seguro - para saber qual poderia congregar mais apoios no PS, o também antigo ministro respondeu: "As conversas têm decorrido. Da minha parte não há nenhum problema", referiu, justificando contribuirá sempre para "a unidade do PS e de todo o vasto campo democrático em Portugal em torno das próximas eleições".
Já sobre o melhor candidato, Santos Silva preferiu "não meter a carroça à frente dos bois" e defendeu que o próximo Presidente deve ter "experiência" política e o conhecimento sobre as instituições democráticas.
Note-se que, hoje, após a reunião, o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, defendeu que o PS está "consciente de que deve estar o mais unido possível" no apoio a um único candidato presidencial, aguardando pela manifestação da vontade dos que querem concorrer sem um calendário definido.
Segundo o líder do PS, o partido não tem "o direito de impor" porque "as pessoas são livres de avançar com as suas candidaturas", mas insistiu que "terá mais força se for uma única candidatura do espaço político do PS".
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