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Rui Tavares defende convergência e adverte que falta dela já saiu caro

O fundador do Livre e candidato à Câmara de Lisboa Rui Tavares afirmou na segunda-feira que o partido se coligou com o PS para as autárquicas de domingo "pela convergência", advertindo que a falta dela "sai caro".

Rui Tavares defende convergência e adverte que falta dela já saiu caro
Notícias ao Minuto

06:49 - 21/09/21 por Lusa

Política Livre

"Estamos aqui pela convergência e essa convergência é a convergência que em primeiro lugar teve a visão e a coragem de a fazer Jorge Sampaio, o nosso Presidente", declarou Rui Tavares no comício de campanha que decorreu na Aula Magna, perante centenas de apoiantes que o aplaudiram de pé.

"E podem ter a certeza que, se o lema dele era um por todos, o nosso lema vai ser todos por um, a honrar a memória dele e a continuar a obra de acolhimento aos refugiados sírios, libaneses e agora afegãos e afegãs", acrescentou o candidato do Livre.

Rui Tavares, que integra as listas da coligação 'Mais Lisboa', encabeçada pelo atual presidente da Câmara de Lisboa e recandidato, Fernando Medina, realçou também que foi com convergência que o antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, que morreu no dia 10 de setembro, "começou a projetar a cidade, começou a pensá-la estrategicamente, começou a abrir uma nesga do rio à cidade".

"Portanto, que nunca percamos a convergência. Porque nós sabemos, por pecados nossos, e por histórias passadas, o que acontece quando se perde de vista a convergência", disse, referindo que a falta dela "sai caro" e deu "um Pedro Santana Lopes presidente da Câmara".

Para o candidato do Livre, "a única forma de assegurar que esta cidade tem a governação progressista, ecologista, das liberdades, dos direitos humanos" é "votando na coligação Mais Lisboa".

"É que do outro lado [direita] estão divergências muito claras. Não deixem que vos digam que na política local as diferenças políticas não contam. Do outro lado, está uma política de regresso do carro em grande as ruas da cidade, está uma política de fazer uns pozinhos para facilitar a habitação", apontou.

Rui Tavares sublinhou ainda que se juntou aos socialistas "porque Fernando Medina é o melhor candidato à [presidência da] Câmara Municipal de Lisboa destas eleições" e é "um dos melhores presidentes de Câmara da história desta autarquia".

Recordando que o Livre se coligou com o PS na Assembleia Municipal de Lisboa nas autárquicas de 2017, o candidato assinalou também que a visão que guia o partido é o "novo pacto verde para Lisboa" presente no acordo este ano formalizado com os socialistas.

É necessário combater a crise ecológica, a crise social, melhorar a qualidade térmica das habitações, abrindo-se, a partir de Lisboa, a janela de "um novo modelo de desenvolvimento para Portugal", considerou.

Além de Rui Tavares (Livre) e Fernando Medina (PS) intervieram no comício a ministra da Saúde, Marta Temido, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, a atual vereadora da Habitação e recandidata, Paula Marques, a cabeça de lista à Assembleia Municipal de Lisboa, Rosário Farmhouse, e Pedro Anastácio, da JS/Lisboa e candidato à autarquia.

Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (PCP), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).

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