Telmo Correia defende tempo para afirmação de "alternativa política"

O líder parlamentar do CDS-PP considerou hoje que, em caso de dissolução da Assembleia da República, as eleições antecipadas poderão ocorrer a partir de janeiro, defendendo ser necessário dar tempo para que "uma alternativa política" se afirme.

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Lusa
26/10/2021 19:40 ‧ 26/10/2021 por Lusa

Política

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Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o presidente da Assembleia da República sobre o cenário de eleições antecipadas, Telmo Correia afirmou que o primeiro-ministro "tem muito pouco a dizer ao país", porque não lhe parece "muito possível, nem muito viável" que, depois das eleições, possa "voltar a falar com os parceiros" que ameaçam 'chumbar' o Orçamento do Estado.

"O doutor António Costa, neste momento, não tem uma alternativa, porque a única coisa que ele tem para dizer ao país é que está fechado na possibilidade de governar à esquerda", criticou o centrista, afirmando que o primeiro-ministro "regressou à casa de partida" e tem "o caldo completamente entornado com os seus parceiros, seja com o PCP, seja com o BE, portanto não tem solução".

Considerando que "é preciso que haja uma alternativa política de centro-direita e de direita para ser apresentada ao país" e que "os dois partidos que são os partidos de governação nessa área política" vão ter eleições internas em breve, Telmo Correia salientou que "é importante que essas escolhas sejam feitas e que a seguir se realizem as eleições".

O líder parlamentar frisou que "será necessário que uma alternativa política se possa afirmar e possa apresentar-se perante o país".

"Tendo nós um congresso eletivo com processo a decorrer, com eleição de delegados já este fim de semana e escolhendo o CDS uma direção e também uma linha política, um programa de candidatura no dia 28 de novembro, é útil que esse programa tenha um espaço para a sua afirmação e a sua apresentação ao país", acrescentou.

Quanto à data para as eventuais eleições antecipadas, Telmo Correia recusou que se realizem na altura do Natal, e defendeu que "a partir do final de janeiro, a partir do final de fevereiro, em normalidade poder-se-iam realizar as eleições".

Quanto ao funcionamento do parlamento, o democrata-cristão adiantou que, caso o orçamento seja rejeitado já na votação na generalidade, na quarta-feira, a conferência de líderes vai reunir-se na "quinta-feira de manhã", adiantou o deputado.

"Cada partido deve colocar aquilo que é prioritário em cima da mesa. Enquanto não houver dissolução, a Assembleia poderá resolver, poderá decidir, poderá concluir processos legislativos ou outros que tenham natureza prioritária. A partir daí normalmente reduzirá a mínimos o seu funcionamento", apontou.

Leia Também: PSD aponta Costa e PS como "grandes responsáveis" por crise política

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