PCP defende eleições até 16 de janeiro e garante que serão com Jerónimo

Comunistas defendem que não há necessidade de dissolver a Assembleia da República, mas se houver eleições, estas devem acontecer até meados de janeiro. Jerónimo de Sousa afasta a ideia de um congresso extraordinário e diz que será ele o líder do partido nestas legislativas.

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Tomásia Sousa
30/10/2021 18:36 ‧ 30/10/2021 por Tomásia Sousa

Política

Crise política

O Partido Comunista Português defende que não há necessidade de dissolver a Assembleia da República, mas transmitiu ao Presidente da República que, a acontecer, as eleições legislativas devem ser agendadas para 16 de janeiro.

"Em relação à dissolução da Assembleia da República podia não ser assim", começou por argumentar Jerónimo de Sousa perante os jornalistas, no final da audiência com o Presidente da República, que recebe hoje os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução do parlamento e a data das eleições antecipadas. "Não foi a votação do Orçamento que mandou o Presidente convocar eleições, o Presidente decidiu fazê-lo e é responsável por isso."

Ainda assim, se for essa a decisão do Chefe do Estado, para o PCP, as eleições "não deveriam passar do dia 16 de janeiro", tendo em conta as implicações que tem na quadra natalícia e na campanha eleitoral.

O secretário-geral do PCP garante que o partido vai fazer uma "campanha de grande confiança" e que será ele o líder dos comunistas nestas eleições, afastando assim a ideia de um congresso extraordinário.

"Vamos travar a batalha eleitoral e, se a saúde não me faltar, pela vontade dos meus camaradas cá continuarei em mais uma dessas batalhas", assegurou. "Estamos confiantes que o PCP pode afirmar-se no quadro desta batalha eleitoral, tendo em conta aquilo que transporta de propostas."

Questionado sobre a possibilidade de voltar a aliar-se ao PS, no caso de este não conseguir a desejada maioria absoluta, Jerónimo reiterou que "o objetivo não declarado do PS é alcançar a maioria absoluta", mas não excluiu convergências.

"Continuamos a considerar que há matérias de fundo onde se justifica a convergência, incluindo com o Partido Socialista", começou por dizer. "O povo português tem uma experiência longa, de muitas décadas, do que significa a maioria absoluta. O povo português pagou as consequências de ter permitido essa maioria absoluta."

E sublinha: "Insisto nesta ideia de que quando se trata de resolver problemas e dar soluções ao povo, aos trabalhadores e ao país, procuramos sempre a convergência com todos os que queiram resolver este problema".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe hoje, em Belém, os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução do parlamento e a data das eleições antecipadas.

As audiências decorrem por ordem crescente de representação parlamentar, começando com a Iniciativa Liberal e prosseguindo com o Chega, PEV, PAN, CDS, PCP, BE, PSD e PS.

Marcelo Rebelo de Sousa já divulgou o seu calendário de audiências até quarta-feira, quando reunirá o Conselho de Estado nos termos impostos pela Constituição para a dissolução do parlamento.

O Presidente da República tinha avisado que, a confirmar-se um chumbo do Orçamento, que se confirmou na quarta-feira, iria iniciar "logo, logo, logo a seguir o processo" de dissolução do parlamento e de convocação de eleições legislativas antecipadas.

Leia Também: Marcelo recebe partidos. Dissolução da AR e data das eleições na agenda

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