O líder do PSD defendeu este sábado, junto do Presidente da República, que as eleições legislativas devem realizar-se a 9 ou a 19 de janeiro.
"A partir daí, sinceramente não vejo nenhuma razão de interesse nacional que leve a empurrar mais as eleições e a inviabilizar que haja Governo em janeiro", afirmou Rui Rio, no final da audiência com o Presidente da República, que recebe hoje os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução do parlamento e a data das eleições antecipadas.
"Não vejo alternativa à dissolução [do Parlamento]", começara por dizer, adiantando que "estamos numa crise política que quanto mais depressa for resolvida, melhor".
"Primeiro, porque a economia tem de recuperar da pandemia. Depois, porque nós temos o PRR, que tem um tempo muito certo para ser utilizado, que são três anos que já estão a contar", apontou. "Quanto mais tempo ficarmos sem Governo e sem orçamento, estamos a perder imenso tempo e dinheiro."
E se o novo governo precisar dos normais três meses para formular o Orçamento e a Assembleia dois para o analisar, "desses seis semestres [para aplicar o PRR, um já estamos a perder]", refere.
A partir daí, para Rui Rio, "as eleições têm de ser o mais depressa possível, nos exatos termos em que o Presidente da República o referiu, logo após a entrega do Orçamento do Estado, de forma a que ainda haja Governo em janeiro e o PSD está totalmente de acordo com isso".
O presidente do PSD admitiu ser impossível realizar eleições em dezembro ou no primeiro fim de semana de janeiro, devido à proximidade com o Natal ou o fim de ano.
Questionado se a duração da reunião com o chefe de Estado - cerca de dez minutos - se deveu a alguma tensão entre os dois devido às críticas públicas feitas por Rui Rio a Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do PSD reconheceu a rapidez, mas não a tensão.
"Foi curta, foi. Mas tensão não houve nenhuma, zero", afirmou.
[Notícia atualizada às 19h56]
Leia Também: "As eleições devem ocorrer o mais depressa possível", defende Bloco