"Não vejo alternativa à dissolução". Rio quer eleições até 16 de janeiro

PSD defendeu, junto de Marcelo Rebelo de Sousa, que as legislativas não se devem estender além destas datas que, ainda assim, já "empurram" o orçamento para o final do primeiro semestre de 2022.

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Tomásia Sousa
30/10/2021 19:40 ‧ 30/10/2021 por Tomásia Sousa

Política

Crise política

O líder do PSD defendeu este sábado, junto do Presidente da República, que as eleições legislativas devem realizar-se a 9 ou a 19 de janeiro. 

"A partir daí, sinceramente não vejo nenhuma razão de interesse nacional que leve a empurrar mais as eleições e a inviabilizar que haja Governo em janeiro", afirmou Rui Rio, no final da audiência com o Presidente da República, que recebe hoje os partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução do parlamento e a data das eleições antecipadas.

"Não vejo alternativa à dissolução [do Parlamento]", começara por dizer, adiantando que "estamos numa crise política que quanto mais depressa for resolvida, melhor".

"Primeiro, porque a economia tem de recuperar da pandemia. Depois, porque nós temos o PRR, que tem um tempo muito certo para ser utilizado, que são três anos que já estão a contar", apontou. "Quanto mais tempo ficarmos sem Governo e sem orçamento, estamos a perder imenso tempo e dinheiro."

E se o novo governo precisar dos normais três meses para formular o Orçamento e a Assembleia dois para o analisar, "desses seis semestres [para aplicar o PRR, um já estamos a perder]", refere.

A partir daí, para Rui Rio, "as eleições têm de ser o mais depressa possível, nos exatos termos em que o Presidente da República o referiu, logo após a entrega do Orçamento do Estado, de forma a que ainda haja Governo em janeiro e o PSD está totalmente de acordo com isso".

O presidente do PSD admitiu ser impossível realizar eleições em dezembro ou no primeiro fim de semana de janeiro, devido à proximidade com o Natal ou o fim de ano.

Questionado se a duração da reunião com o chefe de Estado - cerca de dez minutos - se deveu a alguma tensão entre os dois devido às críticas públicas feitas por Rui Rio a Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do PSD reconheceu a rapidez, mas não a tensão.

"Foi curta, foi. Mas tensão não houve nenhuma, zero", afirmou.

[Notícia atualizada às 19h56]

Leia Também: "As eleições devem ocorrer o mais depressa possível", defende Bloco

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