"O PS tem uma posição de fundo, de concordância com a coadoção de crianças por casais do mesmo sexo, que já é conhecida há muito", afirmou Alberto Martins, no Parlamento, após reunião do grupo parlamentar "rosa".
A matéria já tinha sido aprovada na generalidade, na altura com abstenções e até votos contrários ao sentido geral em diversas bancadas partidária, mas o processo legislativo foi suspenso em virtude de alguns deputados do PSD terem proposto a realização de um referendo.
Essa intenção, que incluía também uma questão sobre a adoção plena de crianças por casais homossexuais, foi posteriormente "chumbada" pelo Tribunal Constitucional.
"O PS pauta-se pelo princípio da liberdade de voto. Os deputados do PS têm liberdade de voto, sendo certo que a direção e o grupo parlamentar como um todo apelaram ao voto e o sentido genérico do voto é favorável", afirmou o deputado socialista.
Alberto Martins mostrou-se também contrário à consulta popular sobre este assunto.
"Já várias vezes dissemos que o referendo não era adequado para certo tipo de matérias. Naturalmente, estamos contra a ideia de referendo. Esse problema é uma figuração que não se coloca. O que está em debate na Assembleia da República é a votação de um diploma que salvaguarda liberdades fundamentais das pessoas, crianças e famílias", afirmou.