André Ventura. "Deve ser um dia muito feliz para António Costa"

O líder do Chega apelou hoje ao voto dos "militantes desapontados" do PSD e considerou que a vitória de Rui Rio nas diretas sociais-democratas traduziu-se no "dia mais feliz" da vida política de António Costa.

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Lusa
27/11/2021 23:22 ‧ 27/11/2021 por Lusa

Política

André Ventura

"Hoje deve ser um dia muito feliz para António Costa, um dos dias mais felizes da sua carreira política", afirmou André Ventura à margem do IV Congresso Nacional do Chega, que decorre até domingo em Viseu.

Ventura lembrou que Rui Rio "tem dado a mão ao PS em todos estes momentos" e comentou de seguida: Acho que agora estamos mais próximos de um Bloco Central do que estávamos há uns dias, isso ficou claro com a vitória de Rui Rio, aliás já foi assumido como uma possibilidade pelo próprio".

De regresso à sala da Expocenter de Viseu onde decorre o congresso, o líder do Chega deixou mais um apelo ao voto dos militantes que apoiaram Paulo Rangel nas diretas de hoje.

"Resta-me dizer e deixar claro aos militantes que ficaram desapontados esta noite, que estejam fartos de um PSD permanentemente vergado ao PS e a apoiar tudo o que o PS faz", que têm no Chega a sua opção de alternativa. Caso não queiram votar neste PSD que é o mesmo que vimos nos últimos anos e é o mesmo que se tem, permanentemente, ajoelhado a António Costa e ao PS", concluiu.

André Ventura assumiu ainda que, para o Chega, "é completamente indiferente" quem é o líder do PSD, isso era uma escolha dos militantes sociais-democratas, era "a escolha entre o mau e o menos mau".

"O país político não está certamente melhor, a direita não está certamente melhor", considerou, enquanto reforçou o apelo ao voto "para aqueles que acreditaram no PSD de Sá Carneiro" e não se reveem "neste PSD".

Ventura lembrou que "Rui Rio já mostrou ao que vinha e não vai mudar agora", uma vez que já "disse que admitia acordos com PS" a quem "já deu várias vezes a mão", nomeadamente para acabar com os debates quinzenais na Assembleia da República.

Neste sentido, disse que estão lançados os dados da campanha eleitoral na qual vai haver "uma alternativa à direita e uma oposição à direita que é o Chega" e haverá também "um PS dois, que é o PSD".

Sobre possíveis acordos de governo, André Ventura lembrou que o partido "estabeleceu as regras e condições, que não são muitas", e "continuam em cima da mesa, os outros partidos é que têm vindo a dizer que não e nem pensar".

Leia Também: "Vitória dos militantes de base". Rio "picado" para vencer legislativas

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