A Câmara Municipal de Lisboa vai aumentar a devolução de IRS dos munícipes, passando dos atuais 2,5% para 3%, em 2022, segundo uma proposta do presidente, Carlos Moedas, aprovada esta segunda-feira pelo executivo municipal.
A proposta é, no entanto, criticada pelo vereador do PCP da autarquia João Ferreira que acusa Moedas de dar mais de metade dos 42 milhões de euros do seu orçamento a 10% dos mais ricos na capital face aos 3% dados aos mais pobres.
"Em 2022, a Câmara de Lisboa vai prescindir de 42 milhões de euros do seu orçamento, que Moedas diz ir 'devolver aos lisboetas'", começa por dizer o vereador que logo continua. "Faltarão na habitação, transportes, espaço público, higiene urbana, etc. Quem os recebe? Os 50% mais pobres da cidade, receberão 3%. Os 10% mais ricos, mais de metade".
Em 2022, a Câmara de Lisboa vai prescindir de 42M€ do seu orçamento, que Moedas diz ir “devolver aos lisboetas”. Faltarão na habitação, transportes, espaço público, higiene urbana,etc. Quem os recebe? Os 50% mais pobres da cidade, receberão 3%. Os 10% mais ricos, mais de metade.
— João Ferreira (@joao_ferreira33) December 20, 2021
A proposta em causa foi aprovada esta segunda-feira com sete votos a favor dos eleitos do PSD, CDS-PP e independentes na coligação Novos Tempos; com cinco abstenções dos vereadores socialistas e com os votos contra dos restantes elementos do executivo (dois do PCP, um do Bloco de Esquerda, um do Livre e um da independente Paula Marques).
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