"Os diabos a mim não me assustam", garante Costa
O secretário-geral do Partido Socialista visitou hoje a Casa do Careto, em Podence, no concelho de Macedo de Cavaleiros, onde comentou que o PS está disponível para se sentar "à mesa com todos, à exceção do Chega."
© Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images
Política Legislativas
António Costa esteve, esta segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros onde enalteceu a “candidatura vitoriosa na UNESCO” dos Caretos de Podence, que fez com que a aldeia se colocasse “no mapa do mundo entre os múltiplos patrimónios imateriais da humanidade reconhecidos pela UNESCO”.
O secretário-geral do PS comentou o que Rui Rio disse hoje e que acredita que “seguramente não é o desejo dos portugueses: Um Governo que fica refém da extrema-direita". O primeiro-ministro salientou a “predisposição” do líder do PSD para “piorar o programa do PSD com as cedências que ia fazer à Iniciativa Liberal ou, quem sabe, ao CDS”, acrescentando que “agora ficámos a saber pior, está mesmo disponível para que o seu governo ficasse dependente e refém da extrema-direita, como já acontece hoje em dia nos Açores”.
O primeiro-ministro reforçou a importância de dialogar, afirmando: “Estamos disponíveis para nos sentarmos à mesa com todos, à exceção do Chega - porque não há nada a falar com o Chega -, para encontrar as melhores soluções para o país".
Aludindo ao repto do Bloco de Esquerda para que se reúnam no dia 31 para fazer um acordo, Costa referiu que "Catarina Martins não é exceção, nós ainda agora estivemos sentados só tenho pena mesmo que não tenha querido continuar sentada a conversar tendo em vista prosseguirmos o trabalho do Orçamento na especialidade. Provavelmente, teríamos poupado ao país está crise política. Uma crise que, manifestamente, o país não desejava e não precisava", acrescentou.
Referiu que esse diálogo que tem que se ter a seguir às eleições “tem de ser com todos” para “virar a página da pandemia e continuar a avançar no progresso do país", mencionando que “ninguém percebe esta crise política, ninguém percebe como é que aqui chegamos”.
Quando questionado sobre a comparação que Rui Rio faz ao seu gato, o secretário-geral do PS diz que a última vez que viu o gato de Rui Rio, Zé Albino, o animal estava “deprimido” e que este estado de espírito nada tem a ver com o seu. “Eu sou tudo menos uma pessoa deprimida, sou uma pessoa alegre, não sou dado a depressões”, disse, acrescentando: “Entre o Zé Albino e Rui Rio, eu hesito". "É indiscutivelmente um gato muito simpático, embora Rui Rio o tenha deprimido”.
"Desejo as melhoras do Zé Albino, que rapidamente se reanime. E estou certo e confiante que com uma vitória do PS no próximo domingo o Zé Albino vai sentir-se menos só e o doutor Rui Rio vai ter mais tempo para estar em casa", apontou António Costa, acrescentando que, a partir de domingo à noite, o presidente do PSD "vai então poder brincar com o Zé Albino".
"Já comigo, o meu cão e a minha cadela estão habituados às minhas ausências. Portanto, não se deprimem se me mantiver em funções como primeiro-ministro", disse.
Por fim, garantiu: "Os diabos a mim não me assustam", explicando que anda a "conviver com as ameaças dos diabos há muitos anos". "O diabo que vá para onde deve ir e estou cá para lidar com os diabos todos e é assim que os tenho afugentado", esclareceu.
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