Jerónimo de Sousa está em Évora na campanha da CDU para as eleições legislativas de 2022 que se realizarão no próximo domingo, dia 30 de janeiro. O secretário-geral do PCP não se conteve em criticar outros partidos salientando que "esta campanha tem mostrado uma direita apostada em esconder as suas verdadeiras intenções”.
Alertou para que os portugueses "não se deixem enganar”, explicando que “esta direita de meias palavras não está com meias medidas quando se trata de aplicar as suas políticas. Esta é a mesma direita de sempre, a que quer encolher o Serviço Nacional de Saúde e engordar os grupos privados de saúde".
Acrescentou também que: “É a mesma direita de ataque aos direitos dos trabalhadores que continua a estar bem presente nos seus programas. É a direita das privatizações e da destruição dos serviços públicos. A direita que se quer vingar da Constituição da República de Abril. É direita em que o PSD conta com o apoio da extrema-direita para os seus propósitos escondidos ou às claras”.
Jerónimo de Sousa reforçou, no seu discurso, que a direita “não mudou a sua natureza nem os seus objetivos” e que este é “um PS que durante vários dias ainda se recusou a dizer se estava ou não disponível para a convergência com a CDU, se estava ou não disponível para encontrar soluções para os problemas do país”. Contudo, frisou: “Na CDU não queremos que a direita entre nem pela porta nem pela janela”.
Embora o PS se demonstre interessado em dialogar com quase todos os partidos, o secretário-geral do PCP afirma que essa “é uma resposta que disfarça mal a vontade de se encostar ao PSD a seguir às eleições”. Nas suas palavras, “a aparente ambiguidade do PS é tudo menos inocente, é antes um sinal que deve deixar alerta todos os que estão ainda com dúvidas sobre o seu voto”.
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