O primeiro-ministro, Luís Montenegro, falou acerca das eleições na Madeira, esta quinta-feira, que se vão realizar já no domingo, 23 de março. Em Bruxelas, na Bélgica, onde se encontra para o Conselho Europeu, foi questionado sobre se acreditava que o Partido Social Democrata iria vencer na Região Autónoma, e que estes resultados poderiam condicionar as eleições legislativas de maio, em Portugal continental.
"O que eu espero é que a campanha na Madeira termine com o esclarecimento total dos eleitores sobre o que está em causa e que isso possa redundar num resultado que confira governabilidade e estabilidade à região autónoma, que tem vindo a ter um desempenho económico muito interessante", referiu Montenegro, em declarações aos jornalistas.
Sublinhando que estava no local como primeiro-ministro, e que não queria desenvolver tanto sobre as questão de natureza partidária, atirou: "Também será um bocadinho incompreensível que não manifeste o meu desejo de aquilo que estou a dizer se possa concretizar através de uma vitória robusta do partido que lidero e que isso possa, de facto, oferecer aos madeirenses e porto-santenses as garantias que infelizmente, não foram suficientes, apesar da sua pronúncia sucessiva de apoio a esta solução política em eleições que se realizaram nos últimos 18 meses".
Foi ainda questionado acerca da sondagem para a SIC e Expresso conhecida esta quinta-feira e que dá conta de que a maioria dos portugueses não ficou satisfeita com os esclarecimentos prestados pelo chefe de Governo acerca da empresa familiar Spinumviva. "Àqueles que estão insatisfeitos direi que tudo farei para que fiquem rapidamente satisfeitos. Estou disponibilíssimo para continuar a esclarecer os portugueses", afirmou, apontando que quer o reforço da Aliança Democrática.
Note-se que, na sondagem em questão, quando questionados acerca do assunto que resultou na queda do Governo, 64% dos inquiridos respondeu que "ficaram coisas por esclarecer", enquanto 23% considerou que Luís Montenegro prestou todos os esclarecimentos necessários. Os restantes, 13%, apontaram que não sabem - ou recusaram - responder.
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