Paulo Raimundo na Madeira: "Tenho propostas, soluções e uma caneta"

O secretário-geral do PCP esteve hoje de manhã pelo Funchal a oferecer "propostas, soluções e uma caneta" aos eleitores madeirenses, que no domingo votam nas legislativas regionais antecipadas, em "mais um esforço" para a CDU voltar ao parlamento.

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Lusa
20/03/2025 13:04 ‧ ontem por Lusa

Política

Madeira

"Tenho propostas, soluções e uma caneta", disse Paulo Raimundo a uma senhora com quem se cruzou no final da Rua Dr. Fernão Ornelas, junto ao Mercado dos Lavradores, ponto de encontro da caravana da CDU (coligação que junta PCP e PEV) para o arranque do penúltimo dia de campanha.

 

Naquele que o secretário-geral do PCP considerou ser "mais um esforço para voltar à Assembleia", já que a coligação perdeu a representação no parlamento regional nas eleições de maio de 2024, com bombos, bandeiras amarelas, verdes, azuis e vermelhas e gritos de "agora e sempre, a CDU está presente", a caravana subiu até ao Largo do Phelps, no centro do Funchal.

"Não é o último esforço, é mais um esforço, a campanha vai continuar", assegurou o líder comunista, ao lado do cabeça de lista da CDU às eleições de domingo, Edgar Silva.

Pois, acrescentou, "domingo até à hora do voto é momento para continuar a mobilizar para esta possibilidade real de a CDU voltar a eleger no parlamento, que tanta falta faz".

Enquanto subia a rua, Paulo Raimundo ia distribuindo panfletos e canetas, entrando em lojas e aproveitando para 'dois dedos' de conversa rápida com os madeirenses que bebiam cafés nas esplanadas.

A meio, fez uma curta paragem para um café, mas apesar de ser uma loja especializada em pastéis de nata, optou por não comer nada, já que é "mais de salgados".

Perante as queixas de uma senhora sobre as pedras que continuam a cair na vereda que tem de percorrer para chegar a casa, numa zona à entrada do Funchal, e o desabafo de que não sabe mais onde ir para resolverem o problema, o secretário-geral comunista deixou um conselho: "Vai onde for preciso, no domingo vai e vota no Edgar".

Pois, como Paulo Raimundo reconheceu, a CDU "não vai lá" só com "bom ambiente" e votos de "boa sorte".

"Isto não vai lá com o bom ambiente que existe, não vai lá com 'boa sorte' que já estamos fartos de ouvir - fartos no bom sentido -- [...] vai lá com votos e com apoio e é isso que estamos a construir todos os dias, estamos muito convencidos, sinceramente, que o povo da Madeira tomará nas suas mãos a possibilidade real de voltar a ter voz no parlamento", salientou.

O cabeça de lista da CDU tem encabeçado as listas da coligação ao parlamento regional desde 1996, ano em que elegeu pela primeira vez um grupo parlamentar com dois deputados.

A coligação manteve a representação na Assembleia Legislativa da Madeira até às regionais de 2011, quando passou a ocupar um só lugar no hemiciclo. Quatro anos depois, em 2015, conseguiu novamente eleger dois deputados, mas em 2019 voltou a perder um dos lugares.

Em 2023, a CDU conseguiu manter o mandato, mas meses mais tarde, nas eleições antecipadas de maio de 2024 ficou de fora do parlamento regional.

Às legislativas de domingo da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, concorrem 14 candidaturas que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: Madeira. Raimundo acredita que eleição da CDU será a "grande novidade"

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