Se as eleições legislativas fossem hoje, a Aliança Democrática (AD) voltaria a vencer, desta vez com 20% dos votos. Ainda assim, de acordo com uma sondagem do ICS/ISCTE para a SIC e Expresso, há uma grande percentagem de portugueses que não sabem em quem votar.
Segundo a sondagem, a AD, liderada por Luís Montenegro, soma 20% das intenções de voto nas eleições legislativas de 18 de maio, ao passo que o Partido Socialista se fica pelos 15%. Segue-se o Chega com 9% e a Iniciativa Liberal (IL) com 4%.
Por seu turno, a CDU, Livre e o Bloco de Esquerda (BE) reúnem, cada um, apenas 1% das intenções de voto, enquanto o PAN tem menos de 1%.
A sondagem dá ainda conta que 2% tenciona votar nulo ou em branco e que 8% se irá abster. No entanto, a liderar estão os indecisos, com 39% dos inquiridos a afirmar que ainda não sabem em quem votarão.
Em comparação às últimas eleições legislativas, em março de 2024, a maioria dos inquiridos (entre 60 a 65%) indicou que vai votar no mesmo partido, enquanto um cada quatro disse não saber em quem votar ou preferir não responder.
Já questionados se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, faz bem em recandidatar-se, 45% afirmou que sim e 46% que não.
Em relação à atuação do Presidente da República na crise política, a maior parte (43%) disse que Marcelo Rebelo de Sousa não esteve "nem bem nem mal", 31% considerou que esteve "mal" ou "muito mal" e apenas 20% que esteve "bem" ou "muito bem".
A crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, - e que entretanto passou apenas para os filhos de ambos - levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.
Depois de mais de duas semanas de notícias - incluindo a do Expresso de que a empresa Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva - de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro anunciou a 05 de março a apresentação de uma moção de confiança ao Governo.
O texto foi rejeitado com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.
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