Os socialistas, com uma lista encabeçada pela ministra da Saúde, Marta Temido, que repetiu a candidatura de 2019, subiram cerca de seis pontos percentuais neste sufrágio e atingiram um resultado histórico.
O PSD obteve 29,13% e elegeu os mesmos três deputados que detinha desde 2019, enquanto o Bloco de Esquerda somou 5,09% e perdeu o deputado (José Manuel Pureza) que possuía desde 2015, passando a quarta força política no distrito, por troca com o Chega.
Repetindo a aposta na advogada Mónica Quintela, os sociais-democratas aumentaram, mesmo assim, a sua votação em três pontos percentuais relativamente às legislativas de há dois anos.
O Chega sobe a terceira força política mais votada, à semelhança do que acontece no resto do país, com 6,12%, uma subida de mais de cinco pontos percentuais, mas insuficiente para eleger qualquer deputado.
A Iniciativa Liberal ultrapassou a CDU (PCP/PEV) e passou a quinto partido mais votado no distrito de Coimbra, subindo de 0,82% em 2019 para 3,62%.
Por seu lado, os comunistas baixaram a votação e passaram para sexta força política mais votada neste círculo, com 3,39%, quando há dois anos tinham obtido 5,59%.
Seguiram-se, por ordem, o CDS, que baixou de 3,48% para 1,51%, o PAN, que também desceu de 2,63% para 1,19%, e o Livre, que subiu de 0,94% para 1,02%.
As restantes forças políticas que participaram nas eleições de hoje obtiveram menos de 0,5%.
O mapa eleitoral do distrito ficou pintado de rosa, com vitórias do PS em 16 dos 17 concelhos, à exceção de Cantanhede, em que o PSD manteve a vitória que já havia conquistado nas anteriores eleições.
Em 16 legislativas, o PS venceu nove concelhos no círculo de Coimbra e o PSD (sozinho ou em coligação) venceu sete.
O distrito, mais envelhecido do que a média nacional, é um círculo onde coexistem diferentes realidades, com concelhos urbanos e do litoral e concelhos do interior.
Neste território há 374.980 eleitores (menos seis mil do que em 2019), num distrito que tem vindo a perder consecutivamente população ao longo dos últimos anos, tendo registado um decréscimo de 5% dos habitantes (redução que afetou todos os concelhos, inclusive a capital de distrito) entre os Censos de 2011 e os Censos de 2021.
No distrito de Coimbra concorreram 17 forças políticas.
Este círculo elege, desde 2019, nove deputados (perdeu um mandato face ao decréscimo da população nessas legislativas).
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