Em comunicado, a Comissão Executiva do Partido Ecologista "Os Verdes" sustentou que a perda da representação na Assembleia da República "dificultará a ação ecologista institucional, mas não diminuirá a intervenção, vontade e determinação" do partido.
No domingo, a Coligação Democrática Unitária (CDU), da qual também fazem parte o PCP e a associação Intervenção Democrática, obteve o pior resultado em eleições legislativas, perdendo seis dos 12 deputados que tinha desde 2019.
Os dirigentes do PEV Mariana Silva e José Luís Ferreira, a 'número quatro' por Lisboa e o 'número três' por Setúbal, falharam a reeleição.
À semelhança do parceiro de coligação, "Os Verdes" consideraram que o resultado, que ficou pela primeira vez abaixo dos 300.000 votos em todo o país, "não reflete de forma alguma o notável trabalho de campanha esclarecedora que os candidatos, militantes e simpatizantes da CDU".
E em consonância com os comunistas, apontam como causa a "forte bipolarização", que foi "agravada pela proliferação de sondagens, lançando constantemente a ideia de um empate técnico entre PS e PSD e que contribuiu decisivamente" para a maioria absoluta dos socialistas.
"Mesmo num quadro mais difícil 'Os Verdes' irão continuar a intervir em todos os planos e irão lançar no imediato uma campanha nacional pela salvaguarda do património natural do país", acrescentou o partido, argumentando que o resultado eleitoral "não reduz a emergência ecologista".
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