"Não podemos aplicar a chacais as regras que aplicamos para os gatinhos"
Porfírio Silva debruçou-se sobre o debate em torno de Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, por ter sido proposto pelo partido para a vice-presidência da Assembleia da República: "Nunca votarei num fascista, nem num protofascista. Muito menos para um cargo de representação institucional", enunciou.
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Política Porfírio Silva
A eventual eleição de Diogo Pacheco de Amorim - nome proposto pelo Chega para vice-presidente da Assembleia da República - está na agenda mediática e tem feito correr muita tinta. Agora, e depois de muitos partidos terem dito que não será com o seu voto que o deputado assumirá este cargo, chegou a vez de Porfírio Silva, do PS, revelar que alinha pelo mesmo diapasão.
Num texto publicado nas redes sociais, o parlamentar socialista começa por referir: "Nunca votarei num fascista, nem num protofascista. Muito menos para um cargo de representação institucional. Não o farei como eleitor comum, tal como não o farei no uso do meu mandato de deputado".
E mais. Porfírio Silva considera que, para tal tomada de decisão não necessita de orientação de voto: "Quanto a isso, estou orientado, obrigado".
O deputado justifica a sua posição asseverando que tal "não é uma questão de opinião", nem se prende com o facto de "ele ter opiniões diferentes das minhas". "É porque o partido da extrema-direita tem uma prática contra a Democracia, contra o pluralismo, contra os fundamentos da nossa comunidade política que assentam no respeito pela dignidade humana", salienta.
"O partido protofascista é contra o sistema democrático - embora, normalmente, só diga que é contra o sistema, porque 'o sistema' que eles combatem é o sistema democrático. Lembro, da história, que os inimigos da Democracia tiraram muitas vezes as suas oportunidades de causar dano da fraqueza ou da ingenuidade dos democratas", acrescenta.
Porfírio Silva termina a nota com uma forte afirmação: "Não podemos aplicar aos chacais as regras de convivência doméstica que aplicamos para acolher os gatinhos em nossas casas".
Recorde-se que o Chega propôs o deputado Diogo Pacheco de Amorim para vice-presidente do Parlamento, com o líder do partido, eleito como a 3.ª força política do país nas legislativas de 30 de janeiro, André Ventura, a defender a sua escolha referindo que o parlamentar "tem provas dadas na vida, percurso político e em vários partidos" e que tem sido "uma presença construtiva, dialogante e muitas das vezes capaz de estabelecer pontes".
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