Recentemente, o Iniciativa Liberal veio comunicar as intenções do partido, no contexto da Assembleia da República, se situar entre o PS e o PSD. Esta quinta-feira, Rui Rio veio dizer que o partido que ainda lidera não aceita essa reivindicação "de forma nenhuma".
Na perspetiva de Rui Rio, a proposta feita pelo partido liderado por João Cotrim de Figueiredo "anda próximo de ser uma brincadeira de mau gosto". Isto porque, na sua ótica", é "absolutamente indiscutível", numa perspetiva ideológica, que o "Iniciativa Liberal se situa à direita do PSD, que é um Partido Social Democrata".
Nas palavras do dirigente do partido que foi o segundo mais votada nas eleições legislativas de 30 de janeiro, o Iniciativa Liberal trata-se de um "partido que defende a privatização forte da economia" e de entidades como a "Caixa Geral de Depósitos, a RTP, o Serviço Nacional de Saúde e a Segurança Social".
Nas suas palavras, os liberais defendem assim "precisamente o contrário do PCP, que defende a nacionalização disso tudo". Posto isto, Rui Rio diz que o partido que lidera não pode aceitar a imposição feita pelo Iniciativa Liberal.
Questionado acerca da liderança da bancada parlamentar social-democrata para a próxima legislatura, Rui Rio confirmou que o PSD não decidiu ainda quem é o líder da mesma, nem a equipa de direção da bancada. O mesmo é válido para o nome que o partido vai indicar para a vice-presidência da Assembleia da República, que também só será decidido "nos próximos dias".
Já no que toca à questão da anulação dos votos dos emigrantes, o presidente do PSD fala de uma situação "desagradável". "A lei diz que os votos têm de ser acompanhados da identificação da pessoa. Isso não aconteceu numa série de votos", o que motivou uma reclamação do PSD, explica.
"Apesar da reclamação do PSD, meterem esses votos dentro das urnas, misturados com os outros votos", o que levaria à eliminação dos mesmos, acrescenta ainda Rui Rio. Na sua perspetiva, deveria ter-se deixado "de lado" os votos que não vinham acompanhados da identificação dos votantes e depois, "em função da decisão" do juiz, contar-se ou não esses votos.
Rui Rio alerta, assim, para a necessidade de se "olhar para a lei e encontrar uma solução" que evite este tipo de situações. Isto porque, segundo avança, "há dois anos" aconteceu "praticamente a mesma coisa".
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