Borut Pahor está em visita oficial em Portugal e foi primeiro recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
Na mensagem que colocou na rede social Twitter, após a reunião em São Bento, António Costa assinalou que esta visita do Presidente esloveno ocorre "num momento em que Portugal e a Eslovénia celebram 30 anos do estabelecimento de relações diplomáticas".
"Portugal e a Eslovénia são hoje parceiros na União Europeia, aliados na NATO e mantêm um diálogo próximo para responder em conjunto aos grandes desafios globais", escreveu o primeiro-ministro português.
Antes, no Palácio de Belém, os presidentes de Portugal e da Eslovénia apelaram a que se dê "espaço à diplomacia" para resolver a situação de tensão entre Ucrânia e Rússia, declarando ter o mesmo ponto de vista sobre esta matéria.
"Temos o mesmo ponto de vista: a solução é, tem de ser, deve ser diplomática. Tem de se dar espaço à diplomacia", declarou Marcelo Rebelo de Sousa à comunicação social.
No mesmo sentido, Borut Pahor afirmou que "deve prevalecer uma solução pacífica" e que "a diplomacia tem de ter suficiente espaço para encontrar as soluções que podem resolver os conflitos".
Os dois chefes de Estado defenderam que a soberania da Ucrânia não pode ser posta em causa, mas Marcelo Rebelo de Sousa evitou falar diretamente sobre a eventual adesão deste país à Aliança Atlântica.
Sobre este ponto, de acordo com a tradução de esloveno para português, Borut Pahor considerou que "a Rússia tem condições que o mundo democrático não pode aceitar" e que "a Ucrânia pode escolher a sua política externa como um Estado soberano".
Em seguida, o Presidente esloveno manifestou-se a favor do "diálogo com a Rússia" e de uma "colaboração entre a União Europeia e a Rússia que possa durar, estender-se ao futuro", acrescentando: "Espero que a diplomacia tenha essa paciência para atingir uma solução que possa preservar a paz. O Ocidente tem de ter diálogo, eu pessoalmente apoio esse diálogo".
"Reconhecemos os valores que são os valores do direito internacional, entre eles a soberania dos Estados e o seu direito a determinarem o seu destino", disse, por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa.
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