Votos foram "confusão" que poderia ter sido evitada com mudança na lei
Deputado eleito pelo Iniciativa Liberal nas legislativas antecipadas esteve esta quarta-feira à noite no programa Grande Entrevista na RTP3.
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Política Iniciativa Liberal
Carlos Guimarães Pinto, o deputado eleito pelo Iniciativa Liberal nas legislativas antecipadas que decorreram no dia 30 de janeiro, esteve esta quarta-feira à noite no programa Grande Entrevista, na RTP3.
O antigo presidente da Iniciativa Liberal considerou que o processo de votos dos emigrantes nas eleições antecipadas foi "uma confusão" e que passou uma má imagem de um país que terá de repetir eleições.
Guimarães Pinto afirmou ainda que "a primeira responsabilização" será de quem "deveria ter mudado a lei eleitoral e não o fez".
Confrontado com a mudança de consultoria de empresas para a política, Carlos Guimarães Pinto disse que esta surgiu com um convite mas que "teve muito gosto em assumir esta responsabilidade".
Já sobre considerar que o liberalismo "faz falta", o deputado explicou que foi algo "instintivo" mas que a sua formação em economia "também ajuda".
"O facto de ser economista ajuda. Tenho um arcaboiço maior para entender o liberalismo", acrescentou.
O deputado deu ainda o exemplo da Irlanda como um país em que o liberalismo resulta. "A Irlanda adotou um conjunto de medidas que gostaríamos de adotar em Portugal, as medidas liberais resultaram na Irlanda", defendeu.
"As políticas liberais que adotaram nos anos 80, permitem-lhes hoje serem um dos países mais ricos da União Europeia", acrescentou ainda.
O deputado defendeu ainda que "olhando para o programa da IL, há imensa coisa no âmbito do plano social". "É social uma família de classe baixa escolher a escola dos filhos", apontou.
Explicou ainda a taxa única que "ajudaria a resolver este problema fiscal" que é o facto de o trabalho em Portugal não ser financeiramente valorizado pelos impostos que se acabam por pagar quanto mais se trabalha. "Punir os rendimentos do trabalho é punir a mobilidade social", sublinhou.
Sobre a maioria absoluta conquistada por António Costa, Guimarães Pinto defendeu que pode garantir um Governo mais equilibrado, no entanto, a possibilidade de um Governo de maioria absoluta de quatro anos e meio "fazer asneira é maior".
"Talvez com o PS sem a influência da esquerda radical haja um equilíbrio", ponderou o deputado. Quanto ao PSD, considerou que "tem falhado bastante".
Quanto ao crescimento da Iniciativa Liberal de um para oito deputados, Guimarães Pinto afirmou ambicionar que o partido continue a crescer e chegue "aos dois dígitos".
Recorde-se que o agora deputado era presidente da Iniciativa Liberal quando o partido, em 2019, nas suas legislativas de estreia, conseguiu logo eleger o seu primeiro parlamentar - João Cotrim Figueiredo, então independente, por Lisboa -, mas falhou a sua eleição pelo Porto.
Em 30 de outubro desse ano, anunciou que iria abandonar o cargo no "dia histórico" em que a IL se estreou com uma intervenção no Parlamento, considerando então que a sua missão como presidente estava cumprida.
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