Em comunicado, os comunistas consideraram que "a atual situação e os seus desenvolvimentos recentes são inseparáveis de décadas de política de tensão e crescente confrontação" dos Estados Unidos da América (EUA) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) contra a Rússia.
O PCP criticou o "contínuo alargamento da NATO e o sistemático avanço da instalação de meios e contingentes militares deste bloco político-militar cada vez mais próximos das fronteiras" do território russo.
Há a "necessidade do desenvolvimento de iniciativas que contribuam para o desanuviamento e que privilegiem um processo de diálogo com vista a uma solução pacífica para o conflito", assim como para promover a paz e a segurança na Europa, e no respeito dos princípios da carta da Organização das Nações Unidas (ONU), defendem.
Sobre a "preocupação com os acordos de Minsk", o PCP considerou que "é importante ter presente que o regime ucraniano não só nunca os cumpriu, inclusive de forma assumida, como impediu a concretização de uma solução pacífica para o conflito".
No final do comunicado, os comunistas denunciaram uma "perigosa estratégia de tensão e propaganda belicista promovida pelos EUA, a NATO e a União Europeia (UE)", apelando ao "fim das agressões e ingerências do imperialismo", à dissolução da NATO e insurgindo-se contra a "militarização" da UE.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na segunda-feira o reconhecimento por parte deste país da independência de Donetsk e Lugansk, territórios pertencentes à Ucrânia.
Um clima de incerteza em relação a uma possível invasão russa ao território ucraniano caracterizou as últimas semanas, pontuadas por ameaças de sanções pelos países ocidentais.
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