O Livre quer que teatros europeus disponibilizem as suas instalações para os refugiados e exilados ucranianos e da oposição russa, informou hoje Rui Tavares, depois de ter apelado também a uma posição conjunta da Câmara de Lisboa sobre o ataque ao teatro de Mariupol, no leste da Ucrânia.
"Esta não é só uma vil tentativa de destruição da cultura de um país, mas é um ataque à identidade de um povo que exige uma nova tomada de posição por parte da Câmara de Lisboa", defendeu o líder do partido.
O historiador e fundador do Livre adiantou, no Twitter, que já entrou em contacto com o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, assim como com vários vereadores, a apelar a uma posição conjunta sobre este bombardeamento "que atinge não só o povo ucraniano, mas fere todos os europeus".
Rui Tavares apela também a uma onda de solidariedade em toda a Europa e justifica que, desde a Antiguidade, "os teatros são locais onde se construiu a Europa e a democracia".
"Sugerimos uma rede de solidariedade entre as instituições culturais nacionais e europeias, promovendo programas próprios, mais espetáculos de angariação de fundos, debates sobre o tema, entre outras atividades, bem como um manifesto comum dos teatros europeus, disponibilizando as suas instalações para os refugiados e exilados ucranianos e da oposição russa", escreveu. "Os tempos que vivemos não nos permitem ser indiferentes à destruição maciça em curso na Ucrânia e requerem medidas imediatas."
O número de mortos causados pelo ataque das forças russas ao teatro de Mariupol, onde estavam abrigadas mais de mil pessoas, está ainda por apurar. Já esta manhã, o presidente da Ucrânia acusava a Rússia de causar "centenas de vítimas" no bombardeamento do teatro.
Em simultâneo revoltado com o bombardeamento do teatro de Mariupol e esperançoso que o máximo de pessoas possa ter sobrevivido a este ataque. Mais uma vez, porém, é preciso passar da consternação à ação, mesmo que de longe, mesmo por pouco que seja. Segue o fio.
— rui tavares (@ruitavares) March 17, 2022
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