"Erro" que o Mar esteja no Ministério da Economia em vez de Ambiente
O fundador e deputado eleito do Livre lamentou hoje que a tutela do Mar no futuro Governo esteja no Ministério da Economia e não no do Ambiente, e saudou que os Assuntos Europeus fiquem na dependência do primeiro-ministro.
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Política Livre
Em declarações aos jornalistas no parlamento, Rui Tavares pronunciou-se sobre a orgânica do XXIII Governo Constitucional, conhecida na quarta-feira, dizendo que as pessoas irão "provar aquilo de que são capazes em funções".
"Parece-nos ser um erro na orgânica deste Governo o Mar estar no Ministério da Economia, o Mar deveria estar no Ambiente, é isso que faz sentido do ponto de vista de uma política de combate às alterações climáticas", defendeu.
Para Rui Tavares, a tutela do Mar "só faz sentido no Ministério do Ambiente".
"No Ministério da Economia, apesar de todo o respeito pelo agora nomeado ministro da Economia [António Costa Silva], o seu percurso está muito ligado aos combustíveis fosseis. Não queremos que o mar seja visto como um recurso para a mineração em águas profundas", disse.
Pela positiva, Rui Tavares apontou a passagem da política europeia para "a alçada direta do primeiro-ministro", deixando de estar sob a dependência do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Acompanha uma evolução que diagnosticámos há muito: os assuntos europeus são política nacional, são política doméstica", salientou.
Sobre a paridade do Governo (contando com o primeiro-ministro são nove homens e nove mulheres), o futuro deputado do Livre salientou que esta é uma prática que o partido já segue há muito tempo.
"Nem nos tem merecido grandes comentários, desejamos que passe a fazer parte da normalidade do país", apelou.
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou na quarta-feira ao Presidente da República, a composição de um Governo com 17 ministros, menos dois do que no anterior.
Este é o terceiro Governo chefiado por António Costa e o seu primeiro com maioria absoluta. Pela primeira vez, a composição de um executivo conta com mais mulheres do que homens, excluindo o primeiro-ministro.
Há novos titulares nas Finanças (Fernando Medina), nos Negócios Estrangeiros (João Gomes Cravinho), na Defesa (Helena Carreiras), na Administração Interna (José Luís Carneiro), na Justiça (Catarina Sarmento e Castro), na Economia e Mar (António Costa Silva), nos Assuntos Parlamentares (Ana Catarina Mendes), na Ciência e Ensino Superior (Elvira Fortunato), na Educação (João Costa), no Ambiente (Duarte Cordeiro) e na Cultura (Pedro Adão e Silva).
Continuam no executivo, e nas mesmas pastas, seis ministros: Mariana Vieira da Silva (Presidência), Marta Temido (Saúde), Ana Mendes Godinho (Segurança Social e Trabalho), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Maria do Céu Antunes (Agricultura) e Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação).
Abandonam o Governo 11 ministros: Alexandra Leitão, Graça Fonseca, Francisca Van Dunem, João Leão, Augusto Santos Silva, Pedro Siza Vieira, Nelson de Souza, Matos Fernandes, Manuel Heitor, Tiago Brandão Rodrigues e Ricardo Serrão Santos.
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