"Mandato é de 4 anos e meio, há muito trabalho e estamos empenhados"

A ministra da Presidência afirmou hoje que o mandato deste Governo é de "quatro anos e meio", apontando o alinhamento nas prioridades definidas pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro para esta legislatura.

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Lusa
30/03/2022 20:03 ‧ 30/03/2022 por Lusa

Política

Governo

Falando aos jornalistas à saída do Palácio da Ajuda, em Lisboa, pouco depois de ter participado na cerimónia de tomada de posse do XXIII Governo Constitucional, Mariana Vieira da Silva foi questionada sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, designadamente o aviso de que será difícil a substituição de António Costa a meio do mandato.

"O que eu vi foi um discurso muito alinhado nas prioridades para os próximos quatro anos e meio, e é isso que temos que fazer, não procurar divergências, mas convergências", frisou.

Mariana Vieira da Silva destacou o alinhamento em áreas como "os jovens, o crescimento económico e a recuperação".

"Agora, é preciso começar a trabalhar para fazer este caminho, para que o caminho seja um caminho, mesmo com dificuldades, de sucesso", frisou.

Interrogada novamente sobre o aviso do Presidente da República a António Costa, a ministra da Presidência respondeu: "O mandato é de quatro anos e meio, há muito trabalho pela frente e nós estamos empenhados em responder aos problemas, encontrar oportunidades e soluções. É isso que vamos fazer".

O Presidente da República avisou hoje o primeiro-ministro, António Costa, que será difícil a sua substituição a meio da legislatura, defendendo que os portugueses "deram a maioria absoluta a um partido, mas também a um homem".

"É o preço das grandes vitórias, inevitavelmente pessoais e intencionalmente personalizadas. E é sobretudo o respeito da vontade inequivocamente expressa pelos portugueses para uma legislatura", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia de posse do XXIII Governo Constitucional, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

Dirigindo-se diretamente a António Costa, o Presidente da República disse-lhe: "Deram a maioria absoluta a um partido, mas também a um homem, vossa excelência, senhor primeiro-ministro, um homem que, aliás, fez questão de personalizar o voto, ao falar de duas pessoas para a chefia do Governo".

"Agora que ganhou, e ganhou por quatro anos e meio, tenho a certeza de que vossa excelência sabe que não será politicamente fácil que esse rosto, essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições possa ser substituída por outra a meio do caminho. Já não era fácil no dia 30 de janeiro, tornou-se ainda mais difícil depois do dia 24 de fevereiro", acrescentou, referindo-se à invasão russa da Ucrânia.

Leia Também: Mariana Vieira da Silva, a nova 'número dois' do Governo

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