"Não me importa o que Zelensky fez antes da história o ter escolhido"
O ex-deputado do PSD teceu vários elogios ao presidente ucraniano, que se "recusou fugir e fez de si mesmo a resistência de um povo inteiro".
© Global Imagens
Política Ucrânia/Rússia
Para Carlos Abreu Amorim, antigo parlamentar pelo PSD, pouco importa aquilo que Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, fez antes de ser 'catapultado' para o conflito com a Rússia. A seu ver, o chefe de estado da Ucrânia "tornou-se o símbolo da vontade de milhões de ucranianos", e um "exemplo para muitos mais em toda a parte".
"Não me importa o que Zelensky fez antes da história o ter escolhido. Nem quero saber como ganhou a vida e como chegou a presidente", começou por dizer o ex-deputado, numa publicação na sua página do Facebook, ilustrada com uma caricatura de Zelensky e do homólogo russo, Vladimir Putin, que os apelida de "antigo comediante" e de "futuro palhaço", respetivamente.
Num elogio a Zelensky, Abreu Amorim salienta que o presidente ucraniano é "o líder que recusou fugir e fez de si mesmo a resistência de um povo inteiro quando ninguém dava 15 dias para que o Império de Putin o esmagasse facilmente".
"Ele tornou-se o símbolo da vontade de milhões de ucranianos e o exemplo para muitos mais em toda a parte. Ele é o homem que a circunstância histórica forjou e que soube estar à altura de um desafio ciclópico, onde, calculo, quase todos os preparadíssimos líderes que por aí vemos teriam falhado clamorosamente", complementou, lançando farpas aos críticos do chefe de estado.
Além do PCP, cuja líder parlamentar, Paula Santos, considerou que "o poder da Ucrânia está a agredir o seu próprio povo", defendendo, por isso, uma "solução de diálogo" capaz de "pôr fim à guerra", o mais recente crítico do presidente ucraniano foi o antigo presidente do Brasil, Lula da Silva, que acusou o chefe de estado de ter tanta culpa do conflito como o seu homólogo russo.
Recorde-se que a ofensiva militar russa na Ucrânia, lançada a 24 de fevereiro, já matou mais de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. O conflito provocou também a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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