"Aquilo que é a posição do PSD é aquela que desde o início do conflito temos transmitido: é absolutamente fundamental conceder esse estatuto à Ucrânia porque nós temos, em primeiro lugar, de demonstrar à Rússia que o que fez originou o efeito contrário do que pretendia. Não fazer isso é dar alguma vitória à Rússia e desmoralizar completamente a Ucrânia", defendeu Rui Rio.
Rio falava aos jornalistas na residência oficial do primeiro-ministro, depois da reunião com António Costa e com o secretário de Estado dos Assuntos Europeus Tiago Antunes que estão a receber os partidos com representação parlamentar para preparar o Conselho Europeu da próxima semana, em que se discutirão as candidaturas à adesão à União Europeia da Ucrânia, República da Moldova e Geórgia.
O presidente do PSD alertou, contudo, que numa futura negociação com vista à adesão à União Europeia da Ucrânia não se deverão "facilitar os termos dos requisitos necessários", apenas eventualmente tornar o processo mais célere.
Numa reunião que demorou mais de duas horas, e que disse ter sido sobretudo sobre "o futuro da Europa", Rio considerou que a situação da Ucrânia deve ter um caráter excecional no quadro da UE.
"Se começar a querer rapidamente e tudo ao mesmo tempo integrar uma série de outros países, aí é preciso pensar na reforma institucional da Europa para ser sustentável. O nosso conselho é que a Ucrânia seja isolada, no bom sentido, por ser um caso excecional", apontou.
Leia Também: PSD quer grupo de trabalho para debater Agenda do Trabalho Digno